"Eu quero tcha, eu quero tchu". Escutei essa música pela primeira vez no outro dia, em visita natalina ao Brasil. Fiquei impressionado. Na verdade, na primeira audição achei que fosse "Eu quero cá, eu quero cú", mas logo pensei que não seria possível tamanha vulgaridade na música brasileira.
Os músicos brasileiros, de certa forma, são geniais. Para inventar besteira, não há quem fique atrás. Até o tal Gangnam Style, se formos pensar, foi novidade só por ser coreano, pois dancinhas engraçadinhas do mesmo nível surgem a cada mês no Brasil.
Mas o que eu queria dizer é que, além das musiquinhas, em termos de insanidade coletiva, o Brasil não é o pior dos lugares. Nos EUA, e até na Europa, a coisa está, sob alguns aspectos, muito pior.
Por exemplo, tentaram fazer passar essa lei do desarmamento no Brasil e não deu certo. Talvez os globalistas estivessem apenas nos usando como cobaias, não sei. Mas o fato é que, mesmo conversando com pessoas de esquerda, algumas ainda tem os pés no planeta Terra e admitem que a insegurança é um problema grave no país. Ninguém é louco de dizer que não. E assim com vários outros aspectos.
Nos EUA, parece-me que os esquerdistas estão completamente fora da casinha, talvez por terem um isolamento ainda maior da realidade. Dizem coisas completamente absurdas, demonizam os Republicanos como se fossem bichos papões, e, mesmo ficando apenas na questão do controle de armas, beiram o limite da loucura, contradizendo o próprio instinto de sobrevivência. Um colunista esquerdista, por exemplo, disse recentemente que preferia morrer a ter que se defender com uma arma. Outro jurou que preferia correr o risco de ser atacado por uma gangue de negros ou hispânicos do que ser acusado de "racista": segundo ele, ter medo das "minorias étnicas" era "irracional". Afinal, a maior parte dos atiradores loucos não são brancos? E finalmente teve um que, depois de discursar longamente sobre como é contrário à pena de morte para criminosos, terroristas e até atiradores, chegou à conclusão de que as pessoas que negam o "aquecimento global" devem ser executadas, junto com o Papa.
Bem, na questão do controle de armas, basicamente o que me incomoda é o seguinte: por que um cidadão cumpridor de leis não pode ter uma arma em casa para proteger sua vida, sua família e sua propriedade de bandidos, mas os políticos têm direito a escolta armada para proteger as suas? Isso pareceria indicar que os políticos acham que a vida deles é mais importante do que a do populacho, não é mesmo?
Não sei vocês, mas eu não quero viver em uma sociedade de castas, com uma elite protegida até os dentes e uma classe média acuada por hordas de criminosos. É como funciona a coisa na maioria do Brasil, e é como parece que pretendem fazer também cada vez mais nos EUA e na Europa.
Eu não quero viver em uma sociedade desigual na qual as supostas minorias tem mais direitos do que aqueles considerados "maioria", mesmo não sendo, como é o caso dos homens brancos heterossexuais cristãos que cada vez têm menos voz.
Eu não quero viver em uma sociedade supostamente afluente e cheia de recursos materiais, onde qualquer um pode consumir o que quiser e ter acesso ao mais novos ipads e ipods, mas que não é feliz.
Eu não quero viver em um mundo no qual seja proibido ter idéias diferentes da maioria, um mundo no qual quem quer que esteja contra a corrente seja acusado de direitista fanático e culpado por todos os males do mundo (os quais em muitos casos foram justamente causados pelas políticas desastradas da esquerda).
Eu não quero viver em um mundo em que criar filhos seja uma preocupação terrível, um mundo em que o futuro parece ser cada vez mais apocalíptico.
Então o que eu quero? Ora, é muito simples: eu quero tcha, eu quero tchu.
P. S. Pronto, não digo mais que não vou mais escrever. Um dia vou apenas
sumir, só isso, e vocês chorarão amargamente. Cuidem-se, crianças. Feliz 2013, mais uma vez.
sábado, 29 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
2013
Caros leitores, ainda não sei se continuarei com o blog em 2013. Continuarei a escrever, isso é certo, mas tenho alguns projetos paralelos, um deles o de escrever artigos pagos com o meu nome real ou outro pseudônimo, outro o de publicar um livro (ainda que ninguém tenha querido comprar o "livro do blog do Mr X", mas este não vai ser um livro de política) e um ainda o de escrever mais em inglês, coisa que tenho feito esporádicamente. Acho que escrever em inglês tem maior alcance e pode talvez ser mais útil. Então tudo isso vai tomar um pouco de tempo do blog. Por outro lado, estou ainda no espírito de resoluções de Ano Novo que, como todos sabemos, nunca se concretizam. O mais provável é que não realize nenhum desses ambiciosos projetos e continue apenas escrevendo por aqui.
Enquanto isso, eu fico pensando em algumas coisas sobre o destino do mundo. O fato é que não sabemos onde tudo isto vai parar. É fácil analisar as coisas retroativamente (e, mesmo aqui, há controvérsias), mas, na hora em que os fatos acontecem, ninguém sabe realmente o que está acontecendo. Quase ninguém previu a crise de 1929 ou a queda da União Soviética, por exemplo.
Da mesma forma, é fácil traçar paralelos com outros eventos históricos: por exemplo, comparar a atual crise do Ocidente com a Queda do Império Romano. Pode ser que de fato existam algumas coisas em comum (sociedade afluente mas acomodada, líderes e elite corrupta, perda de virtudes, "multiculturalismo", invasão de "bárbaros"), mas o fato é que também são períodos bem diferentes em outros aspectos. Casa momento é único, e o momento atual da humanidade também o é. Enfrentamos desafios que jamais passaram pela cabeça dos Romanos ou de quem quer que seja, desde as fantásticas mudanças tecnológicas impensáveis naquela época ao incrível fato de que é talvez a primeira vez na História na qual um grupo mais poderoso e superior em quase todos os aspectos (o povo euro-ocidental) está cometendo suicídio demográfico e cultural. Sim, Nero tocou sua lira enquanto Roma ardia, e os Romanos cometeram muitos erros, mas acredito que não na escala dos tempos atuais.
Tem agora um post meio esotérico no Unqualified Reservations, o blog do sempre interessante mas maluco e prolixo Mencius Moldbug, que faz essa comparação com a época romana. Nos comentários, achei esta nota aqui de um comentarista aparentemente católico, a qual pensei ser pertinente e traduzo aqui:
É um comentário interessante, mas será mesmo esse o futuro? Quem sabe... Muita água ainda vai rolar.
E os leitores, o que acham que acontecerá em 2013? Deixem suas previsões, profecias, desejos ou medos nos comentários. E Feliz Ano Novo para todos.
Enquanto isso, eu fico pensando em algumas coisas sobre o destino do mundo. O fato é que não sabemos onde tudo isto vai parar. É fácil analisar as coisas retroativamente (e, mesmo aqui, há controvérsias), mas, na hora em que os fatos acontecem, ninguém sabe realmente o que está acontecendo. Quase ninguém previu a crise de 1929 ou a queda da União Soviética, por exemplo.
Da mesma forma, é fácil traçar paralelos com outros eventos históricos: por exemplo, comparar a atual crise do Ocidente com a Queda do Império Romano. Pode ser que de fato existam algumas coisas em comum (sociedade afluente mas acomodada, líderes e elite corrupta, perda de virtudes, "multiculturalismo", invasão de "bárbaros"), mas o fato é que também são períodos bem diferentes em outros aspectos. Casa momento é único, e o momento atual da humanidade também o é. Enfrentamos desafios que jamais passaram pela cabeça dos Romanos ou de quem quer que seja, desde as fantásticas mudanças tecnológicas impensáveis naquela época ao incrível fato de que é talvez a primeira vez na História na qual um grupo mais poderoso e superior em quase todos os aspectos (o povo euro-ocidental) está cometendo suicídio demográfico e cultural. Sim, Nero tocou sua lira enquanto Roma ardia, e os Romanos cometeram muitos erros, mas acredito que não na escala dos tempos atuais.
Tem agora um post meio esotérico no Unqualified Reservations, o blog do sempre interessante mas maluco e prolixo Mencius Moldbug, que faz essa comparação com a época romana. Nos comentários, achei esta nota aqui de um comentarista aparentemente católico, a qual pensei ser pertinente e traduzo aqui:
Conforme Spengler indicou, notavelmente em acordo com Gibbon, Roma perdeu quase 90% de sua população entre a Era de Augusto e o tempo em que os Hunos chegaram em seus portões, desistindo apenas graças às miraculosas exortações do Papa.
Gibbon atribui a queda (do Império Romano) ao Cristianismo, mas esta não é a visão mais aceita, com a maioria dos historiadores culpando mais a economia do que a religião. No entanto, Gibbon estava maiormente certo, ainda que não do modo em que ele próprio compreendia o seu argumento.
O Cristianismo tirou a força dos pagãos, e não dos cristãos. Sem a fé, eles perderam o desejo de viver e se reproduzir. Não tendo filhos, desapareceram e os Cristãos ganharam por w.o., eram o proverbial último homem em pé. Como o Senhor mesmo disse, poucos são salvos e muitos se perdem. Os dez por cento da população que obedeceram aos dez mandamentos, frutificaram e multiplicaram-se, e na época da chegada de Átila, eram os únicos que sobravam.
Algo parecido está acontecendo hoje: a população pós-cristã (ou neo-pagã) não se reproduz e está rapidamente desaparecendo, e apenas os cristãos verdadeiros e os muçulmanos, que são aqueles que não aceitaram o modernismo, restarão no futuro. Os secularistas e os ateus estão fadados a desaparecer (bem como a sua nova ordem secular).
É um comentário interessante, mas será mesmo esse o futuro? Quem sabe... Muita água ainda vai rolar.
E os leitores, o que acham que acontecerá em 2013? Deixem suas previsões, profecias, desejos ou medos nos comentários. E Feliz Ano Novo para todos.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Feliz Natal e Ano Novo
Desejo a todos os leitores e leitoras um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Ao contrário do que muitos pensam, este não é um blogue que prega o ódio, mas o amor.
Olhem, saiu uma série documental norueguesa chamada Brainwash (Lavagem Cerebral) no Youtube. Todos os episódios tem legendas em inglês. Talvez algum dia alguém se anime a fazer legendas em Português e passem na Globo no horário nobre. É uma série divertida que questiona o igualitarismo políticamente correto. Não assisti tudo ainda, mas achei bacana. É feita com humor e leveza, sem promover o ódio ou a teoria da conspiração. Examina apenas os argumentos científicos do eterno debate de Natureza versus Sociedade, sem tomar necessariamente um lado, mas certamente questionando a ortodoxia oficial.
Acho que a tentativa aqui, ainda que fracassada, foi algo parecida: a de apresentar uma visão pessoal e cândida dos acontecimentos do mundo, agindo mais por curiosidade do que por outro motivo obscuro. Há quem, aqui e ali, odeie os brancos, ou os negros, ou os judeus, ou os mestiços, ou até os ciganos, essas pobres criaturas inocentes que jamais fizeram mal a ninguém. Mas tudo isso sempre me pareceu de mau gosto, e até desnecessário. O ódio, dizia Mark Twain, é como um ácido que corrói mais o pote em que está colocado do que qualquer outro objeto em que for vertido.
No outro dia, vi umas criancinhas indígenas cantando na rua. Pediam moedas. Inspirado pelo espírito natalino, fiquei com pena e até ia dar, mas aí pensei que talvez estivesse incentivando seus pais a explorá-las. Eles estavam ali ao lado, sentados na calçada suja, com um olhar vazio, retrato do futuro que aguardava essas mesmas crianças décadas depois. Triste, triste. Será que errei? Por outro lado, elas não deveriam estar ali, mesmo.
Pensei em mandar cópia do documentário para os meus amigos esquerdistas, como presente natalino, mas depois pensei que eles não gostariam, ou sequer entenderiam, talvez se recusassem a assistir. Muitos dos (s)ociólogos entrevistados no filme falam que tentar entender as diferenças entre os sexos, entre as culturas ou entre as raças "não é interessante". Quer dizer, eles nem querem saber. Eles na verdade não estão no ramo da ciência, mas da propaganda, ou nem isso. Como a maioria das pessoas, apenas quer ter uma vida sem preocupações, e o melhor jeito de não se preocupar é não questionar.
Mas eu aqui sempre gostei de questionar, e provavelmente continue fazendo isso, e quando a nova ortodoxia começar a fazer um outro discurso, autoritário e anti-igualitário, questionarei isso também. A unanimidade é burra, dizia o Nelson Rodrigues, e Millôr Fernandes adicionava que jornalismo é oposição.
De qualquer forma, um retorno à vida deste moribundo Ocidente provavelmente não ocorrerá através do ódio, mas do amor. Amor à tradição, amor à religião, amor à arte, amor à cultura, amor à verdade, amor ao povo e à terra, amor à família, amor ao pouco que ainda resta.
Boas Festas a todos. Nos vemos em 2013, se Deus quiser.
Olhem, saiu uma série documental norueguesa chamada Brainwash (Lavagem Cerebral) no Youtube. Todos os episódios tem legendas em inglês. Talvez algum dia alguém se anime a fazer legendas em Português e passem na Globo no horário nobre. É uma série divertida que questiona o igualitarismo políticamente correto. Não assisti tudo ainda, mas achei bacana. É feita com humor e leveza, sem promover o ódio ou a teoria da conspiração. Examina apenas os argumentos científicos do eterno debate de Natureza versus Sociedade, sem tomar necessariamente um lado, mas certamente questionando a ortodoxia oficial.
Acho que a tentativa aqui, ainda que fracassada, foi algo parecida: a de apresentar uma visão pessoal e cândida dos acontecimentos do mundo, agindo mais por curiosidade do que por outro motivo obscuro. Há quem, aqui e ali, odeie os brancos, ou os negros, ou os judeus, ou os mestiços, ou até os ciganos, essas pobres criaturas inocentes que jamais fizeram mal a ninguém. Mas tudo isso sempre me pareceu de mau gosto, e até desnecessário. O ódio, dizia Mark Twain, é como um ácido que corrói mais o pote em que está colocado do que qualquer outro objeto em que for vertido.
No outro dia, vi umas criancinhas indígenas cantando na rua. Pediam moedas. Inspirado pelo espírito natalino, fiquei com pena e até ia dar, mas aí pensei que talvez estivesse incentivando seus pais a explorá-las. Eles estavam ali ao lado, sentados na calçada suja, com um olhar vazio, retrato do futuro que aguardava essas mesmas crianças décadas depois. Triste, triste. Será que errei? Por outro lado, elas não deveriam estar ali, mesmo.
Pensei em mandar cópia do documentário para os meus amigos esquerdistas, como presente natalino, mas depois pensei que eles não gostariam, ou sequer entenderiam, talvez se recusassem a assistir. Muitos dos (s)ociólogos entrevistados no filme falam que tentar entender as diferenças entre os sexos, entre as culturas ou entre as raças "não é interessante". Quer dizer, eles nem querem saber. Eles na verdade não estão no ramo da ciência, mas da propaganda, ou nem isso. Como a maioria das pessoas, apenas quer ter uma vida sem preocupações, e o melhor jeito de não se preocupar é não questionar.
Mas eu aqui sempre gostei de questionar, e provavelmente continue fazendo isso, e quando a nova ortodoxia começar a fazer um outro discurso, autoritário e anti-igualitário, questionarei isso também. A unanimidade é burra, dizia o Nelson Rodrigues, e Millôr Fernandes adicionava que jornalismo é oposição.
De qualquer forma, um retorno à vida deste moribundo Ocidente provavelmente não ocorrerá através do ódio, mas do amor. Amor à tradição, amor à religião, amor à arte, amor à cultura, amor à verdade, amor ao povo e à terra, amor à família, amor ao pouco que ainda resta.
Boas Festas a todos. Nos vemos em 2013, se Deus quiser.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Adeus às armas?
Após um novo e ainda mais terrível massacre, a mídia e os progressistas só falam em controle de armas. Eles querem porque querem tirar as armas de circulação.
Tudo bem. Eu sou a favor. Existem realmente armas demais neste planeta. Agora, também vamos tirar as armas do Serviço Secreto que protege Obama e de todos os vigias armados que protegem os políticos que querem instituir controle de armas. Vamos tirar as armas dos guarda-costas que protegem as celebridades hollywoodianas e globais. Vamos tirar as armas dos vigias que protegem as mansões dos ricos.
Combinado?
Como disse um comentarista por aí, "Protegemos mais os bancos do que nossas crianças." O único jeito de impedir esses massacres seria colocando guardas armados nas escolas. O resto é apenas paliativo. Porém, os progressistas não querem, pois, para eles, a arma de fogo é um elemento maligno, e só colocar uma arma de fogo em uma escola poderia ser fonte de pavor e horror.
Claro, a fácil obtenção de armas nos EUA é com certeza um dos fatores que permitem tal tipo de horror com maior frequencia do que em outros países. Acho que um controle sobre quem compra armas poderia ser realizado para evitar que pessoas com problemas mentais ou de comportamento bizarro tenham acesso a elas. Mas existem também muitos outros fatores: a destruição da família tradicional, o fim da institucionalização dos loucos, a dependência cada vez maior de grande número de jovens a poderosas drogas psiquiátricas, os videogames e filmes violentos que causam dessensibilização à violência extrema, etc. O progressismo e a cultura atual têm muita culpa nessa parada.
O Richard Fernandez tem um bom post no qual compara os casos de atiradores violentos (normalmente brancos e asiáticos) com o crime comum de tiroteios entre gangues (nos EUA, negros e mexicanos). É claro que os mortos em tiroteios de gangues ou em crimes comuns são em número bem maior, ainda que ignorados pela mídia. Porém, os casos de Homens Brancos Violentos chamam a atenção pela sua eficiência e letalidade. O homem branco é a mais eficiente máquina de matar jamais criada.
No Connecticut, um dia após o masacre, a venda de armas aumentou. Se Obama e os Democratas quiserem mesmo confiscar as armas da população, eles poderão estar iniciando uma Nova Guerra Civil.
O que os progressistas não entendem, ou fingem não entender, é que para muitos americanos a arma de fogo é o único meio de defesa em um mundo cada vez mais hostil. Especialmente em áreas rurais ou pequenas cidades, se você vai esperar a chegada da Polícia, mais vale já chamar o coveiro também.
Imagine então a cena: Obama manda confiscar as armas da população ou proibir sua venda. Em represália, algum atirador maluco faz um tiroteio em algum prédio do governo federal como vingança contra a medida. O governo então vê-se forçado a usar tropas militares para poder tirar as armas do povo. Segue-se uma revolução...
Bem, talvez eu esteja exagerando. O mais provável é que continue o impasse entre Republicanos e Democratas, e também os tiroteios em escolas. É triste, muito triste. Mas loucos e assassinos não faltam nesta América decadente de hoje...
Tudo bem. Eu sou a favor. Existem realmente armas demais neste planeta. Agora, também vamos tirar as armas do Serviço Secreto que protege Obama e de todos os vigias armados que protegem os políticos que querem instituir controle de armas. Vamos tirar as armas dos guarda-costas que protegem as celebridades hollywoodianas e globais. Vamos tirar as armas dos vigias que protegem as mansões dos ricos.
Combinado?
Como disse um comentarista por aí, "Protegemos mais os bancos do que nossas crianças." O único jeito de impedir esses massacres seria colocando guardas armados nas escolas. O resto é apenas paliativo. Porém, os progressistas não querem, pois, para eles, a arma de fogo é um elemento maligno, e só colocar uma arma de fogo em uma escola poderia ser fonte de pavor e horror.
Claro, a fácil obtenção de armas nos EUA é com certeza um dos fatores que permitem tal tipo de horror com maior frequencia do que em outros países. Acho que um controle sobre quem compra armas poderia ser realizado para evitar que pessoas com problemas mentais ou de comportamento bizarro tenham acesso a elas. Mas existem também muitos outros fatores: a destruição da família tradicional, o fim da institucionalização dos loucos, a dependência cada vez maior de grande número de jovens a poderosas drogas psiquiátricas, os videogames e filmes violentos que causam dessensibilização à violência extrema, etc. O progressismo e a cultura atual têm muita culpa nessa parada.
O Richard Fernandez tem um bom post no qual compara os casos de atiradores violentos (normalmente brancos e asiáticos) com o crime comum de tiroteios entre gangues (nos EUA, negros e mexicanos). É claro que os mortos em tiroteios de gangues ou em crimes comuns são em número bem maior, ainda que ignorados pela mídia. Porém, os casos de Homens Brancos Violentos chamam a atenção pela sua eficiência e letalidade. O homem branco é a mais eficiente máquina de matar jamais criada.
No Connecticut, um dia após o masacre, a venda de armas aumentou. Se Obama e os Democratas quiserem mesmo confiscar as armas da população, eles poderão estar iniciando uma Nova Guerra Civil.
O que os progressistas não entendem, ou fingem não entender, é que para muitos americanos a arma de fogo é o único meio de defesa em um mundo cada vez mais hostil. Especialmente em áreas rurais ou pequenas cidades, se você vai esperar a chegada da Polícia, mais vale já chamar o coveiro também.
Imagine então a cena: Obama manda confiscar as armas da população ou proibir sua venda. Em represália, algum atirador maluco faz um tiroteio em algum prédio do governo federal como vingança contra a medida. O governo então vê-se forçado a usar tropas militares para poder tirar as armas do povo. Segue-se uma revolução...
Bem, talvez eu esteja exagerando. O mais provável é que continue o impasse entre Republicanos e Democratas, e também os tiroteios em escolas. É triste, muito triste. Mas loucos e assassinos não faltam nesta América decadente de hoje...
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Os países mais chatos do mundo
Desculpem a falta de posts mas ando em um período de transição. No outro dia li uma notícia sobre um assaltante que foi assaltado no Brasil. Estava inconformado, e com razão. (Tem este outro vídeo também com um caso parecido, mas parece que é de um programa de humor e não real).
O Brasil é um país cheio de aventuras. É um país vibrante, diverso e alegre, repleto de emoções.
Outros países são bem mais chatos. Saiu estes dias uma lista na revista The Economist com os melhores países onde se nascer em 2013. Como todas as listas, é subjetiva, mas, como quase sempre, países escandinavos e anglos estão na ponta, com alguns asiáticos logo depois.
O último colocado foi a Nigéria. Nos comentários, um nigeriano ficou revoltado, e pediu para tirarem o país da lista: era melhor não aparecer do que a humilhação de ficar em último. Ele tem razão, afinal há muitos países faltando nessa lista, que contém apenas 80. Deve ter pelo menos mais outros 80 países abaixo da Nigéria, e que só não estão na lista porque nem os jornalistas da Economist se arriscam a ir lá. Sem preconceitos: a Ucrânia, branca como o Diabo, ficou em 78.
Há vários critérios para a seleção, mas um deles parece que é a chatice. Boring is good, diz a revista. Os países com melhores indicadores parecem ser os mais chatos também. Suécia, Noruega e Dinamarca são bons lugares para nascer, mas também parecem ser bons para morrer. Têm um índice de suicídios relativamente alto. Desconfio que muitos se matem de tédio, por ter uma vida tão chata.
A revista compara a lista atual com uma publicada em 1988. A grande surpresa é a queda dos EUA, do primeiro ao décimo-sexto lugar. Realmente, com a imigração ilegal e outros fatores, o país tem ficado menos chato, com cidades cada vez mais vibrantes e vários tiroteios e quebra-quebras se sucedendo. O Brasil caiu da posição 30 para a 37. Achei pouco. Os hermanos argentinos se deram pior: caíram do número 21 para o 40, graças à crise de 2001 e à família Kirchner. Outra surpresa é a Itália, que caiu da quarta para a 21a. posição. Não sei o que aconteceu aí. Mas nos anos 80 e 90 a Itália, como vários outros países europeus, estava atravessando um boom econômico, e hoje a situação é bem diferente. A França teve um tombo ainda pior, da segunda posição em 1988 para a 26a em 2012. Desconfio que o alarmante crescimento da população muçulmana no país tenha tido algo a ver com isso. A França hoje é um país bem menos chato.
Como os EUA pelo jeito estão começando a fazer água, estou vendo outras possibilidades. Meu último plano é disfarçar-me de latin lover e emprenhar uma feminista dinamarquesa (elas adoram imigrantes exóticos). Depois ficarei por lá mesmo, cuidando dos pimpolhos dínamo-brasileiros e sendo sustentado pelo estado de bem-estar social, enquanto ela trabalha. (Na Dinamarca e na Suécia, na família politicamente correta moderna, homem é do lar e mulher trabalha em ocupações tradicionalmente masculinas).
Será uma vida chata, mas ando meio cansado de tantas emoções.
O Brasil é um país cheio de aventuras. É um país vibrante, diverso e alegre, repleto de emoções.
Outros países são bem mais chatos. Saiu estes dias uma lista na revista The Economist com os melhores países onde se nascer em 2013. Como todas as listas, é subjetiva, mas, como quase sempre, países escandinavos e anglos estão na ponta, com alguns asiáticos logo depois.
O último colocado foi a Nigéria. Nos comentários, um nigeriano ficou revoltado, e pediu para tirarem o país da lista: era melhor não aparecer do que a humilhação de ficar em último. Ele tem razão, afinal há muitos países faltando nessa lista, que contém apenas 80. Deve ter pelo menos mais outros 80 países abaixo da Nigéria, e que só não estão na lista porque nem os jornalistas da Economist se arriscam a ir lá. Sem preconceitos: a Ucrânia, branca como o Diabo, ficou em 78.
Há vários critérios para a seleção, mas um deles parece que é a chatice. Boring is good, diz a revista. Os países com melhores indicadores parecem ser os mais chatos também. Suécia, Noruega e Dinamarca são bons lugares para nascer, mas também parecem ser bons para morrer. Têm um índice de suicídios relativamente alto. Desconfio que muitos se matem de tédio, por ter uma vida tão chata.
A revista compara a lista atual com uma publicada em 1988. A grande surpresa é a queda dos EUA, do primeiro ao décimo-sexto lugar. Realmente, com a imigração ilegal e outros fatores, o país tem ficado menos chato, com cidades cada vez mais vibrantes e vários tiroteios e quebra-quebras se sucedendo. O Brasil caiu da posição 30 para a 37. Achei pouco. Os hermanos argentinos se deram pior: caíram do número 21 para o 40, graças à crise de 2001 e à família Kirchner. Outra surpresa é a Itália, que caiu da quarta para a 21a. posição. Não sei o que aconteceu aí. Mas nos anos 80 e 90 a Itália, como vários outros países europeus, estava atravessando um boom econômico, e hoje a situação é bem diferente. A França teve um tombo ainda pior, da segunda posição em 1988 para a 26a em 2012. Desconfio que o alarmante crescimento da população muçulmana no país tenha tido algo a ver com isso. A França hoje é um país bem menos chato.
Como os EUA pelo jeito estão começando a fazer água, estou vendo outras possibilidades. Meu último plano é disfarçar-me de latin lover e emprenhar uma feminista dinamarquesa (elas adoram imigrantes exóticos). Depois ficarei por lá mesmo, cuidando dos pimpolhos dínamo-brasileiros e sendo sustentado pelo estado de bem-estar social, enquanto ela trabalha. (Na Dinamarca e na Suécia, na família politicamente correta moderna, homem é do lar e mulher trabalha em ocupações tradicionalmente masculinas).
Será uma vida chata, mas ando meio cansado de tantas emoções.
Na Dinamarca, até os bebês já nascem entediados. |
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