Bem, de certa forma é verdade. As mulheres são objeto de atenção praticamente desde que nascem, então o assédio acaba tornando-se algo comum. Mas a ideia de que as mulheres sejam coitadinhas e sempre oprimidas pelos homens, ou que exista uma "cultura do estupro, é bobagem. Aliás, talvez seja exatamente o contrário. O assédio é de certa forma a prova do poder feminino.
Como argumenta este autor neste bom texto, as mulheres na verdade têm, por natureza, maior poder do que os homens, ao menos no campo sexual. Para conseguir parceiros, uma mulher só precisa ser mulher. Ser jovem, bonita e agradável ajuda, é claro, mas até mesmo mulheres menos atraentes tem muito mais chances do que homens pouco atraentes.
Ou seja, a mulher só precisa ser ela mesma para receber atenção. Já o homem tem um caminho mais árduo, e para poder se destacar da multidão de concorrentes ele precisa fazer algo. Alguns se destacam pelo comportamento, outros pelo dinheiro, outros pelas obras que criam. Alguns, também, pela beleza ou masculinidade, mas nem sempre isso é suficiente.
Se as mulheres sofrem com assédio, o problema dos homens é a rejeição. É algo que pode ser também, em alguns casos, psicologicamente terrível, mas que homem vai reclamar em público? É algo da vida, que se aceita e se segue em frente.
(Aliás, homens também sofrem assédio (de gays e pedófilos), mas é mais raro que o revelem, pois a humilhação para um homem é maior.)
O caso Weinstein talvez tenha chamado a atenção por causa do produtor ser gordo e não muito atraente, basicamente um estereótipo do produtor rico e pervertido. Há vários atores ou cantores de rock que, com desculpas similares, garfaram várias fãs ou aspirantes a atrizes, mas você não vê ninguém reclamando. Basicamente, é a velha história:
"E aí, gata, quer foder?"
NÃO É ASSÉDIO.
"Oi... a senhorita gostaria
de sair para tomar um café?"
ASSÉDIO!
De qualquer forma, como explicar toda essa incrível leva de mulheres que surgiram de repente acusando o Weinstein e outros a torto e a direito? Até a Bjork acusou o Lars Von Trier. Só falta a Regina Casé acusar algum produtor global.
Acho que também há uma questão de status aí. Ser vítima hoje em dia dá status, ainda mais se for por algo difícil de quantificar ou provar, como o assédio sexual. Imagino que as estrelas pensem desta forma: "Eu fui assediada sim, mas foi por um mega-produtor, não por um pedreiro imundo como você, sua invejosa." Enquanto que as demais podem se comparar às estrelas do cinema, nem que seja por sofrer assédio. Afinal, que mulher admitirá que jamais foi assediada?
O curioso é que quando acontece um desses escândalos, o problema é quase sempre redirecionado para acusar os homens em geral e denegrir ainda mais a masculinidade. O caso Weinstein poderia ter servido para revelar um pouco mais os podres de Hollywood, mas não: está sendo utilizado, mais uma vez, para afirmar que todos os homens são estupradores em potencial, e que não estão fazendo o suficiente para agradar as mulheres.
Não é o único modo em que se está querendo acabar com a masculinidade, é claro. No outro dia, pouco depois do Hugh Hefner bater as botas, a Playboy americana colocou um transexual como a Playmate do mês. Algum homem pediu? Claro que não, é só mais uma forma de humilhação.
Da mesma forma, ensinar (obrigar?) meninos a brincar de boneca, ou a vestir-se de rosa, como está ocorrendo agora, é outra forma de colocar o elemento masculino como algo negativo já desde o início. Lavagem cerebral nos pimpolhos, isto não é problema para esquerdos e feministas.
Tudo isso seria muito divertido se não fosse que as mesmas pessoas por trás dessas reclamações contra a "masculinidade tóxica" estão apoiando a importação de milhões de árabes, latinos e negros e outras culturas mais agressivas para EUA e Europa, aumentando por lá o número de estupros. E, neste caso, estupros lamentavelmente reais.