sábado, 18 de outubro de 2008

American Dream 2.0

O tal "sonho americano" pode ser mal-resumido da seguinte forma:
"A sociedade americana se baseia na idéia de que qualquer um - com esforço, talento, sorte, ou apenas uma boa idéia - pode se dar bem, ficar rico, famoso ou até bilionário."
Alguns podem ver isso como algo negativo, como uma enganação: de fato, todos sabemos que é impossível que todo mundo fique rico ou famoso, ou mesmo que isso esteja realmente ao alcance de qualquer um.

E, no entanto, a maioria dos americanos prefere que aqueles mais ricos não paguem tantos impostos - pois eles imaginam ou desejam, um dia, ficar ricos também, ou ao menos imaginar uma perspectiva de mobilidade social.

Para os obamistas, os americanos típicos como "Joe the plumber" que acreditam nisso estão apenas sendo vítimas de uma ilusão, propagada pelas "elites", pelos "republicanos" ou pelo "grande capital". Segundo eles, é melhor que o estado se encarregue de suprir as necessidades dos menos bem-aventurados.

Mas isso é tirar, mais do que o dinheiro, a maior riqueza que a pessoa tem: a capacidade de sonhar. Se ganhar mais de 250 mil por ano se torna algo que é penalizado, muitas pessoas preferirão parar nos 249.

E talvez seja isso o que certos políticos querem. Eles não estão tão interessados em ajudar os pobres como no PODER que representa ter o controle de onde vai cada centavo.

Como escreveu William Sumner:
esquecendo que um governo não produz nada por si mesmo, os [doutores sociais] passam por alto o primeiro fato a ser lembrado em toda discussão social - que o estado não pode dar um único centavo a um homem sem tirá-lo de outro homem, e este último deve ser alguém que produziu e economizou. Eu o chamo de o Homem Esquecido.
Observem: nada há de necessariamente errado em ajudar os pobres ou mesmo em que o estado ofereça serviços como saúde pública e gratuita, transporte público e educação para A, B, C e D (pagando em escala progressiva com o dinheiro de A, B e C).

O chamado estado de bem-estar social (welfare state) é uma alternativa - desde que você esteja disposto a pagar o alto preço disso (econômico e social).

Pois tudo na vida, lamentavelmente, tem um porém. Há menor desigualdade social no welfare state? Há, mas também há menor possibilidade de mobilidade social, muito menor inovação, menor dinamismo econômico, mais desemprego.

Você quer saúde pública universal? Tudo bem, mas lembre-se que a qualidade vai piorar, que o serviço vai demorar muito mais, que o estado vai torrar um monte de grana (dos contribuintes) e vai ter gente se ferrando igual.

De fato, tudo na vida pode ser resumido no triângulo abaixo: "Barato, rápido ou bom". Seja qual for o serviço, você pode escolher no máximo duas alternativas...

6 comentários:

Ronald W. disse...

Adorei o Designer's Holy Triangle ! Vou usa-lo em alguma apresentacao minha... Abracos e visite meu blog tb !

Mr X disse...

Visitei agora, RW.

Pax disse...

Esse á ótima mesmo. Advém da gestão de projetos

f (Qualidade, Prazo, Custo).

Sempre usei. Bom, Rápido e Barato -= escolhe dois.

Se é bom e rápido, não é barato.
Se é bom e barato, não é rápido.
Se é barato e rápido, não é bom.

Com o post, bem, claro, discordo. Passei só pra ver se tinha havido algum processo de cura.

=)

ps.: o blog do cara aí de cima é bom pacas. Aliás, são 2.

Ronald W. disse...

PAx
2 blogs ?

Mr X disse...

O Pax tem razão, aparecem 2 blogs. Visitei o Sex Addict Diary. Já tive esse problema. ;-)

Ronald W. disse...

O segundo foi um blog que eu criei para um rabino amigo meu. He never followed through though... :-(

X, let's talk more about this addiction.