A Solidão e Sua Porta
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
Arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.
Carlos Pena Filho
segunda-feira, 1 de maio de 2017
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Um comentário:
Obrigado leitora invisível. Sim você está certa, meu blog é um lixo, só os poemas salvam. Vai votar na Le Pen ou no Macron? Abraços.
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