Conheci uma vez uma alemã que visitou Detroit. Adorou. Refestelou-se com a diversidade e até arranjou um namorado negro. Voltou para a Alemanha achando tudo monocromático demais. Hoje deve estar adorando os novos refugiados que estão trazendo maior vibração às capitais alemãs.
A América é a grande vitrine do multiculturalismo. De fato podemos dizer que desde 1945 o grande produto que a América vende além da Coca-Cola do Starbucks e do McDonalds é o multiculturalismo.
E o multiculturalismo é, ao menos na aparência, fascinante. E, para a pessoa média, acho que superficialmente funciona razoavelmente bem. Quero dizer que a maioria aceita e até gosta dessa vibração toda. Sentem-se mais inclusivos, ao mesmo tempo em que podem ter empregados mexicanos a baixo custo, e ainda comer em deliciosos restaurantes chineses ou árabes à noite. (O prato mais popular na Inglaterra hoje é um prato indiano, tikka masala. É claro que a culinária inglesa nunca foi lá estas coisas.)
Mesmo eu que reclamo tanto do multiculturalismo, não posso dizer que tenha tido problemas exorbitantes. Às vezes acho alguns branquelos azedos mais antipáticos do que negros, latinos ou até maometanos. Porém, ao contrário dos meus compatriotas, entendo que no nível coletivo seja uma coisa terrível, que termina isolando as pessoas e acabando com qualquer tipo de comunidade possível. É um veneno, mas um veneno que mata aos poucos.
E, no entanto, invejosos da América, e querendo replicar suas gigantescas cidades arco-íris, os outros países, em especial europeus, também compraram essa ideia.
Na Ásia isso ainda não deu certo, o que é curioso, pois em geral asiáticos adoram copiar. O Japão, mesmo sendo na prática um país ainda ocupado pelas vitoriosas forças americanas, ainda resiste à imigração massiva. E a China também se resiste a ser um teste de ensaio do multiculti, ainda que exporte seus imigrantes para EUA, Europa e Canadá e seja parte do problema. A Coréia do Sul parece que está começando a abrir as pernas para a imigração também.
Mas a Europa é o pior caso. Se a América não desse o exemplo, poucos países europeus seguiriam essa moda. E não é só o exemplo, é até meio forçado. Dinheiro, apoio militar, tudo é dado em troca de mais multiculturalismo. Isto quando não a ameaça de violência. A Sérvia tentou recusar esses termos, e foi punida exemplarmente. Agora os americanos avançam novamente com seus tanques, digo, sua influência militar e econômica, sobre o leste europeu.
A América é um gigantesco bully promovendo o globalismo. Um Império decadente mas ainda extremamente forte, é a sede do globalismo mundial.
Mas o mundo adora/odeia a América e quer imitá-la. Veja Hollywood: não apenas domina a produção mundial de cinema, como as pequenas cinematografias nacionais que restam tentam acima de tudo imitar o estilo de Hollywood. E assim com a moda, música, etc.
Mas o multiculturalismo tem um problema: os islâmicos. Os islamitas têm sua própria ideologia globalista, que vai um pouco na direção oposta do outro globalismo.
A América está envolvida em várias guerras no Oriente Médio e é natural que isto acabe revertendo em ataques contra o país e seus aliados, ainda que a bizarrice seja que EUA apóia ISIS, aliás, talvez o tal ISIS nada mais seja do que uma criação de vários serviços de espionagem internacional.
De qualquer forma, real ou armação midiática, o recente atentado de um islamita contra gays, negros e latinos na Flórida com mais de 50 mortos, mostra que objetivo do Império é multifacetado: por um lado, criar caos e confusão nos países árabes, por outro, importar árabes e outros muslambentos para a Europa e EUA para semear a confusão e o terror no Ocidente também.
Um povo apavorado e, em especial, desarmado, é fácil de dominar e controlar, e aceitará sem demoras um governo cada vez mais ditatorial em troca de proteção. Como alguém observou pouco tempo atrás, poucas décadas antes ir a um estádio ou subir em um avião era algo normal, agora viraram atividadas com segurança militar, o sujeito praticamente precisa se despir para poder entrar em um avião, e a proteção em eventos esportivos é com helicópteros, aviões, lança-chamas etc.
Isto será cada vez mais parte de nosso dia a dia. Caso consigam como tanto querem desarmar o povo americano, será ainda pior.
Há solução? Uma vez pensei que seria possível uma aliança de uma Rússia nacionalista com uma Europa nacionalista e mais alguns países asiáticos como o Japão, todos unidos contra a (zio?)-anglosfera globalista. Seria por isso que odeiam tanto o Putin?
Mas aí pensei: epa. Aí não seria "Eurásia versus Oceania"? Isto me lembra 1984.
Bem, talvez seja esta mesma a inspiração das elites, e talvez até mesmo esta nova guerra mundial entre globalistas e nacionalistas tenha sido prevista e desejada, e até a Rússia também já esteja dentro da jogada.
O Império venceu? Ou ainda pode haver alguma Resistência?
Saberemos nos próximos capítulos...
domingo, 12 de junho de 2016
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7 comentários:
Triste isso, no entanto, gays assim são muito culpados, assim como toda esquerda em geral.
O que pensa sobre o Trump, X? Ele vai contra toda essa palhaçada globalista e é justamente por isso que a mídia o odeia e o difama tanto, não? Você bem que poderia escrever sobre, já que eu nunca vi você falando muito dele.
A estratégia de dominação mundial é promover o feminismo, gayzismo, liberalismo e relativismo no ocidente enfraquecendo o cristianismo e a família. Toda sociedade precisa de uma cultura ou uma religião forte para sustentá-la, destruindo o cristianismo ficará um grande vácuo. E no lugar? Colocar o Islã. Será a batalha final entre a Igreja e Satanás.
Acho que Trump é o menos pior dos candidatos. O que gosto nele é que não leva a sério as acusações de "racista" ou "fascista" que amedrontam quase qualquer outro "conservador", digo, "conversador"
Mas minha opinião sobre ele beira o ceticismo. Não tenho certeza que não seja também ele parte da elite globalista.
http://www.unz.com/ldinh/orlando-shooting-means-trump-for-president/
Curiosamente todas essas mulheres que amam o multiculturalismo fazem isto apenas em confortáveis nações da Europa e América do norte, nada de viver este sonho maravilhoso em nações africanas e do oriente médio. Porque será?
Não acredito em uma guinada nacionalista na Europa, dentro da possibilidade de tempo restante, e essa é a última década de possibilidade dos Republicanos elegerem presidente(basta ver a demografia futura).
Não sei se o Ocidente e a Europa têm a noção exata de que Putin, na Rússia, é considerado uma personalidade política moderada. Imagino que saibam melhor que eu, de certo a noção de Estado Nacional nesse século seja o grande problema para esses globalistas.
Minhas maiores dúvidas para os próximos 10-15 anos:
- E a China? É um player cada vez mais importante. O que farão com tanto poder?
- O que acontecerá na África e que consequências terá o aumento dos conflitos regionais de lá? Não existe lugar passando pela mesma explosão demográfica como ocorre lá.
- Índia. Terá uma população maior que a chinesa e com uma proporção maior de islâmicos. Cresce fortemente o nacionalismo indiano. Bom, isso não é uma pergunta.
- A faixa Oeste europeia vai ser assimilada culturalmente em quanto tempo de acordo com as taxas de imigração e natalidade ATUAIS? E quanto tempo demorariam em um cenário de guerra civil na Nigéria, Paquistão ou Bangladesh, com 5 % a 10 % da população EMIGRANDO?
Enfim... f... eu.
Considerando o quanto as coisas mudaram em menos de 50 anos, acho que podem mudar de novo.
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