Bocas roxas de vinho,
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;
Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.
Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.
Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas
Ricardo Reis
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
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2 comentários:
"Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente, fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
Enlacemos as mãos..."
Ricardo Reis
Pois é...
Se ela tivesse andando pelas ruas e um cara parasse uma bela Ferrai ao lado dela, descesse com um belo anel de noivado e uma proposta de casamento com comunhão universal de bens ela nem reclamaria...
Na boa Mr X, a feministas estão ficando chatas, muito chatas. Quando reclamavam de emprego e salário iguais eu ate apoiava mas desde que elas passaram a odiar serem mulheres eu desisti. Muito chatas!!!
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