E no entanto elas podem ter arruinado a vida de uma jovem. Ao menos a mídia está fazendo tudo o possível para acabar com a vida da jovem Patrícia por causa de uma palavra. Primeiro, filmou-a e promoveu as imagens incessantemente (coincidência? porque escolheram logo essa moça, e não os homens adultos do coro?). Depois, a mídia levantou os ânimos da "torcida" para que agredissem a jovem verbalmente nas redes sociais e até apedrejassem a sua casa.
O jogador Aranha foi entrevistado pelo Fantástico, vejamos o que um importante blog esportivo diz a respeito:
"Eu sei que muitas vezes eu não sou aceito, eu sou tolerado. Porque sou o goleiro do Santos, bicampeão mundial. E porque eu tenho um carro bonito, porque eu compro isso, eu compro aquilo. Então muitas vezes eu sou tolerado, não sou aceito. Eu já morei em prédios, minha família está de testemunha, que não me davam nem bom dia."
As situações estão bem separadas para Aranha. Ele pode até se sentir mal por tudo o que aconteceu na vida de Patricia. Foi demitida do emprego de auxiliar de Odontologia na Brigada Militar de Porto Alegre. Teve sua casa apedrejada. Ela e seus familiares estão escondidos. Nem a polícia conseguiu encontrá-los. Se não for depor hoje, será considerada oficialmente foragida.
"Essa mocinha aí nunca mais deve pisar num estádio. As pessoas que vão assistir aos jogos têm que se comportar, a principal punição tem que ser nunca mais pisar em estádio."
Por ter gritado 'macaco' ao goleiro santista, Patricia deverá responder por injúria racial. A pena é de um a três anos. Aranha demonstrou na entrevista ao Fantástico o que espera que a justiça faça.
"Eu tenho dó dela. Como ser humano e pelas consequências. Se ela for presa, não vai ter o tratamento que eu acredito que tenha fora da cadeia. Porque o sistema é pesado e cruel. E, mesmo no crime, tem certas regras e atitudes condenáveis."
Para Aranha, para os produtores de televisão, para os times de futebol, para a torcida, para a mídia, para a classe média bacana que posta no Facebook, e mesmo para a maioria da população brasileira, é justificado que uma jovem branca de 22 anos seja humilhada, agredida e até que seja presa e sofra eventuais abusos na cadeia pelo simples fato de dizer uma palavra. Uma palavra habitual nos cânticos da torcida gremista, já que o rival Inter é chamado de macaco e até tem um mascote macaco chamado, sem ironias, "Escurinho". Racismo? Ou apenas um apodo comum também para torcedores de outros times, como "peixe", "porco", "urubu"?
No Brasil, o crime de gritar uma palavra em meio à torcido é punido com o máximo rigor da lei e de ostracismo social.
Isso num país em que atropeladores matam e saem livres após pagar fianças irrisórias.
Um país no qual 90% dos assassinatos jamais sequer são esclarecidos.
Um país no qual estuprador e bandido é solto ou tem direito a regime "semi-aberto".
Um país no qual jovens drogados matam por um celular e não vão presos por ser "de menor".
Um país no qual políticos roubam milhões, jamais vão presos, e ainda são reeleitos.
Ah! Esses aí são todos crimes sem importância. O importante é punir Patrícia, a "racista maldita"! Crime perigoso é chamar alguém de macaco, o resto a gente dá um jeito...
8 comentários:
Patrícia DE patricinha, de patrícios*****
Pq a maioria das notícias na mérdia são estão estranhas**
Se bobear, é tudo armado para inculcar a semente do medo na cabeça dos domesticados.
Agradeça a Afonso Arinos e a José Sarney que deram os pontapés iniciais para incluir racismo como crime inafiançável e imprescritível na nossa Constituição, quando há coisas bem piores como atropelar e matar pessoas inocentes, bem como estuprar, assassinar, roubar o dinheiro público, etc.
Talvez, mesmo se o racismo não fosse incluído como crime inafiançável e imprescritível, a mídia e a polícia iria cair em cima, pois isso já acontece em outros países também, mas pelo menos a punição seria menor.
As pessoas têm que acordar em relação a esse negócio de racismo. Claro que tem que ser condenado, mas não de forma mais pior e exagerada do que atropelar, matar, estuprar, assassinar e roubar o dinheiro público.
Não de forma mais pior e exagerada do que celebrar o câncer da mãe de alguém como fizeram e tem que ser olhado os brancos também.
As pessoas também tem que acordar em relação ao que a mídia se tornou, pois como falei, a mídia cai em cima por causa de “racismo”, seja aqui ou em outros países. Como um anônimo mostrou, há lugares na Inglaterra em que as pessoas têm medo de denunciar crimes dos muçulmanos para não serem chamadas de “racistas”.
Eita palavra que, assim como ‘homofobia’, está sendo usada para intimidar do que fazer justiça.
Parabéns pelo post, Mr. X, pois toda essa atitude da mídia tem que ser exposta e repudiada o máximo possível.
Seguindo a lógica, o próximo a ser punido será o guarani, se chamar a ponte preta de macaca.
Engraçado. Ninguém perguntou a opinião dos VERDADEIROS macacos. Porque, na verdade, é igual a chamar alguém de burro, você está ofendendo aos burros. Então, se você chama alguém de macaco, na verdade, você está ofendendo aos macacos. Se você chama alguém de vaca, está ofendendo às vacas. Se você chama alguém de porco, está ofendendo aos porcos. E por aí vai.
E, AF, no caso de estupro, a coisa tem que ser muito bem investigada. Porque, em muitoa casos, a acusação é FALSA. Basta a mulher cismar com a cara do cara, e pronto, ferrou. Sem provas, sem depoimento presencial, sem exame de corpo de delito, sem nada. Acaba com a vida do dito cujo, carreira, família, e tudo o mais que ele tiver, ou não tiver. Isso deveria ser mudado.
Meio estranho existir punição para racismo num país mestiço, mas ok.
também comentei neste aqui!
joguem no google;" negra racista"
...Eu não me lembro da midia cair de pau em cima desta mulher!
Midia promove uma agenda politica que defende a idéia do negro coitado e branco culpado,logo todo e qualquer racismo denunciado pela mesma tem que obdecer a certos criterios!
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