domingo, 20 de junho de 2010

Frases do domingo

Hoje tem poema? Tem não sinhô. Deixo vocês com alguns aforismos de Nicolás Gomez Dávila, escritor reacionário colombiano que recentemente descobri. Tudo o que ele escrevia eram frases curtas, como:

"Mais repulsivo do que o futuro que os progressistas involuntariamente preparam é o futuro com que eles sonham."

"A sociedade moderna se dá ao luxo de tolerar que todos digam o que querem, porque hoje todos basicamente coincidem naquilo que pensam."

"A crítica ao burguês recebe duplo aplauso: o do marxista, que nos julga inteligentes porque corroboramos seus preconceitos; e o do burguês, que nos julga corretos porque pensa no seu vizinho."

"O amor ao povo é vocação do aristocrata. O democrata só o ama no período eleitoral."

"O homem moderno chama mudança caminhar mais rapidamente pelo mesmo caminho na mesma direção. O mundo nos últimos trezentos anos não mudou senão nesse sentido. A simples proposta de uma mudança verdadeira escandaliza e aterroriza ao moderno."

"Para viver depois dos trinta anos é preciso embrutecer-se com a rotina cotidiana ou inventar desesperadamente mil razões diversas e igualmente fictícias de viver."

"A prolixidade não é excesso de palavras, mas sim escassez de idéias."

Vou lá assistir a Copa do Mundo, volto depois.

(Esta última frase, esclareço, não é do Nicolás...)

10 comentários:

Anônimo disse...

.. e Woland, escreve: Devido exatamente por esta última frase, serei conciso. Aristocracia, elite ! É verdade, mas depende da qualidade da elite.

Klauss disse...

Com certeza, Woland!

Claro que essa elite tem que ser uma elite intelectual, moral!

O problema é que hoje em dia ninguém mais consegue conceber um conceito de elite que não seja a financeira! Por isso tanto ódio à "Zelite"...

Chesterton disse...

Senior health care solution
June 19, 2010 at 3:15 pm | Posted in Uncategorized | Leave a Comment

So you’re a sick senior citizen and the government says there is no nursing home available for you – what do you do?

Our plan gives anyone 65 years or older a gun and 4 bullets. You are allowed to shoot 2 congresscritters and 2 illegal immigrants!

Of course, this means you will be sent to prison where you will get 3 meals a day, a roof over your head, central heating, air conditioning and all the health care you need! New teeth – no problem. Need glasses, great. New hip, knees, kidney, lungs, heart? All covered. (And your kids can come and visit you as often as they do now).

And who will be paying for all of this? The same government that just told you that you they cannot afford for you to go into a home.

Plus, because you are a prisoner, you don’t have to pay any income taxes anymore.

IS THIS A GREAT COUNTRY OR WHAT?

Diogo disse...

"A crítica ao burguês recebe duplo aplauso: o do marxista, que nos julga inteligentes porque corroboramos seus preconceitos; e o do burguês, que nos julga corretos porque pensa no seu vizinho."

Eis o burguês marxista! Ou democrata.[O segundo]

Gunnar disse...

Sublinho a falta de uma elite intelectual / cultural destacada por Woland e Klauss.

Chesterton disse...

Tá bem, mas esse papo de que o povo é ótimo e a elite é péssima....é coisa de petista (sei que não foi isso que disseram vocês, mas que fique meu registro).

Klauss disse...

Não Chest, eu estava aludindo diretamente a isso!

O petismo conseguiu através do que eles chamam de "educação" aqui no Brasil, incutir esse ódio às elites de forma majoritária!

É impossível vc chegar a um universitário, por exemplo (que DEVERIA fazer parte de uma elite intelectual). A diferença entre uma Aristocracia e uma Oligarquia, por exemplo, é justamente a correlação exata entre cargo ocupado e qual a elite do qual ele faz parte.

Numa Aristocracia, a elite tem que ser moral e intelectual, numa Oligarquia, uma elite, sei lá, econômica ou partidária passa a ocupar o lugar que deveria ser da primeira.

Aí entramos no mérito de porque o Brasil, mesmo com perseguição à Igreja, teve como melhor governo o Império de D. Pedro II, e porque a democracia aqui não dá certo e descamba para a oligarquia!

http://www.midiasemmascara.org/artigos/conservadorismo/9252-como-dizia-aristoteles.html

Klauss disse...

Opa, teve um parágrafo que ficou truncado. O segundo parágrafo era pra ser assim:

"É impossível vc chegar a um universitário, por exemplo (que DEVERIA fazer parte de uma elite intelectual) e explicar a ele Aa diferença entre uma Aristocracia e uma Oligarquia -- é justamente a correlação exata entre cargo ocupado e qual a elite correspondente."

Augusto Nascimento disse...

"Aí entramos no mérito de porque o Brasil, mesmo com perseguição à Igreja, teve como melhor governo o Império de D. Pedro II, e porque a democracia aqui não dá certo e descamba para a oligarquia!"

É preferível uma "elite" que represente a vontade da Nação, conhecida porque expressa em eleições livres e na opinião pública não-amordaçada por tiranetes pretensiosos, mesmo que discordemos freqüente e apaixonadamente dessa vontade, a uma "elite" fruto dos caprichos e das arbitrariedades de um tirano senil, desprezado por seu próprio povo, mantido no poder pela violência da polícia e pela corrupção. Deve ser por que sou "fanático" e prolixo, mas penso que uma aristocracia criada por nascimento (o caso do Rei e da Regente) ou por nomeação do Rei (a nobreza, o Senado, quase todas as posições de mando e destaque) é só uma oligarquia mesmo. O Próprio Senado do Império, era-adaptando-se a famosa frase de Marx sobre o Estado e a Burguesia- o comitê executivo da Oligarquia. José de Alencar, homem de talento, honesto e independente, não pôde ser senador-mesmo vencendo a eleição- porque não era um bajulador. Mauá teve seus empreendimentos sabotados e dificultados pelo Imperador até as raias do absurdo. O Brasil foi o último país civilizado a abolir a Escravidão graças à proteção de Sua Majestade à nossa versão da “Instituição peculiar”. O Brasil Imperial talvez tenha sido a única nação do Universo a abolir duas vezes o tráfico de escravos: uma de mentirinha, a outra diante da ameaça dos canhões ingleses. Foi Deodoro, em carta à Regente, quem deixou claro que os soldados não eram capitães-do-mato e não aceitariam ordens de reprimir os escravos. Foi a mocidade militar do Rio, que contra ordens diretas do Governo Imperial, saudou um abolicionista cearense, se declarando em oposição à Escravidão e ao Império escravista. Essa foi a verdadeira Abolição, pois durante quase 48 anos do ruinoso reinado de D. Pedro II, a escravidão permaneceu como uma chaga, e só quando o Exército (o Povo fardado, como ensinou, Constant) deu um basta à Escravidão, os escravos encontraram a liberdade. Foi Benjamin Constant quem criou a doutrina do soldado-cidadão, deixando claro que os soldados deveriam ser soldados da Pátria, não do Rei. Foram os republicanos que evitaram o assassinato de Silva Jardim, ordenado pela polícia (se não gosta dos petistas-como eu não gosto-,pense sobre o que a polícia de Sua Majestade fazia com os dissidentes, armando ex-escravos e mandando-os matar republicanos). Foi Floriano quem recusou ordens expressas de salvar o detestado Ministério Ouro Preto às custas de um banho de sangue. Se dependesse do Rei e seus leais servidores, teríamos tido nosso "incidente da Praça Celestial" 100 anos antes dos chineses. Sob o Governo Imperial, a educação pública era quase inexistente-no mínimo, sete décimos dos brasileiros eram completamente incapazes de ler fosse o que fosse-, as "eleições" eram manchadas de sangue por malfeitores-os capoeiras- a serviço dos partidos da oligarquia e diante dos olhos complacentes do tirano, a fraude era senhora das urnas (basta ler a peça "Como se fazia um Deputado", de França Júnior, para se ter uma ideia ainda que pálida do terror e do despotismo sob o qual os brasileiros viviam e do qual nossa Pátria foi habilmente resgatada pelos bravos do dia 15 de Novembro). A Monarquia foi a ruína.
Os reis estrangeiros (D. Pedro II nascera no Brasil, mas era uma criança a quem o pai, rei estrangeiro, indo lutar pelo poder na Europa, legara um brinquedo de corda interessante, o Brasil ), que tiveram a pretensão de governar os brasileiros, devem ser lembrados com o desprezo que fizeram por merecer. Como o então jovem republicano Medeiros e Albuquerque, futuro membro da Academia Brasileira de Letras que presenciou como vítima uma das tentativas de massacre de republicanos pelo Império, escreveu sobre a Princesa Isabel : "Maldita sejas tu, futura Imperatriz".

Anônimo disse...

A Praça da Sé está perdendo um belo exemplar de maluco ...