segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O sonho e a realidade

O multiculturalismo, em tese, é uma bela ideia. Pessoas de culturas diferentes participando pacificamente de um intercâmbio de suas melhores produções literárias, artísticas e culturais. Amizades nascendo e romances florescendo. Paz e amor, em vez de brigas e discussões.

Eu já tive esse sonho, e gostei bastante.

Porém, como tantas outras coisas na vida, é -- não digo que totalmente, mas em parte - uma miragem, uma ilusão.

Nem digo que seja impossível: os povos europeus normalmente fizeram um bom trabalho de intercâmbio artístico e cultural ao longo dos séculos -- quer dizer, isto quando nào se envolviam em violentas guerras fratricidas entre si, não é mesmo?  

E quando o intercâmbio vira global, as possibilidades de conflito pioram ainda mais.

A imagem que a maioria das pessoas tem de multiculturalismo é esta.

Lamentavelmente, o que vemos na prática é mais parecido com isto ou isto ou isto.

A esquerda tem maior capacidade para ver as coisas de uma forma abstrata, idealista, sem porém examinar a prática ou querer acordar do seu sonho para a dura realidade. E assim, muitas vezes, o sonho vira pesadelo.

E, no entanto, uma coisa curiosa está acontecendo hoje em dia, mesmo dentro da própria esquerda. Não sei se é um conflito de gerações, entre os progressistas velha guarda e os progressistas mais radicais de hoje. (Não é de hoje que as revoluções matam suas próprias crias).

Porém, mais de uma celebridade de esquerda já surpreendeu-se recentemente ao ser atacada por ser "homófoba" ou "racista", quando juravam estar do lado "certo".

Primeiro foi a Meryl Streep, atacada como "racista" por ter dito que "todos viemos da África".

Depois, Fernanda Torres também foi atacada por ser "racista" e "anti-feminista" por escrever um texto a favor das mulheres.

Ambas tiveram que se ajoelhar e pedir desculpas. Se nem os progressistas conseguem ficar em paz entre si, como querem que o mundo inteiro consiga?

Bem, é verdade que, antigamente, ser de "esquerda" ou de "direita" era tomar posições políticas. Hoje não. Se uma certa pessoa é "branca" e "cis" ("palavra" ridícula que sequer existia até ontem), ela já não pode entender a "dor das minorias". Então:

- Se um homem não se posiciona como "feminista" e não apoia o último protesto histérico da semana, já virou um "machista".

- Se uma feminista radical não inclui os transexuais em seu manifesto, esqueça - é uma "transexofóba".

- Se um branco ou uma branca (ou nem isso, basta ser mestiço claro) diz... bem, neste caso nem precisa dizer ou fazer nada - é racista por definição. Já para o paredão!

É realmente fascinante.  E vejam que isso aconteceu bem recentemente, nos últimos cinco ou dez anos apenas, pois não lembro que fosse assim antes.

Bem, não sei, é estranho, mas talvez isso seja bom.

Quer dizer, se não adianta votar pelo casamento gay que virão com o "poliamorismo" ou a "zoofilia", se não adianta dar welfare pois vão querer reparações, se não adianta dar "cotas" pois também querem bolsa de estudo, se não adianta gostar da cultura deles pois é "apropriação", se não adianta chamar de "afro-americano" ou "hispânico" em vez de negro e latinoamericano pois acham que existe "racismo institucional", se não adianta ser contra a "islamofobia" mas tem também que dar cidadania plena para cidadãos-bomba, se não adianta construir mesquitas mas tem também que financiá-las, se não adianta construir museu do holocausto mas também precisa apoiar toda e qualquer gerra no oriente médio, se não adianta o homem branco se ajoelhar e pedir perdão por todos os crimes possíveis e imagináveis, bem... 

...então talvez o branco então finalmente decida que o melhor mesmo é dar um gigantesco "foda-se" e cair fora, ou expulsar os descontentes:

"Vamos tesouro, não se misture com essa gentalha."

Por outro lado... o homem branco tampouco é aquela maravilha, e de certa forma é o próprio culpado pela sua desgraçae, e se não estivessem brigando com outros povos, os brancos estariam brigando entre si, como sempre estiveram por vários séculos.

É como dizia Mark Twain, "não me importa se o sujeito é preto, branco ou amarelo. Tudo que preciso saber é que ele é um ser humano - isto é suficiente, não existe nada pior."

(Bem, sem querer contrariar, às vezes penso que a sociedade das formigas é quase tão cruel quanto a humana, ao menos para os coitados dos machos, mas elas tem a desculpa de não serem seres com raciocínio muito elevado. Se bem que, será que nós somos? E as formigas têm uma organização social mais eficiente.)

No mais, Bárbara tem razão, ando falando bobagem demais, preciso é fechar o blog, ou então virar colunista da Veja. Já tenho até um título para o primeiro texto: "Sim, Virgínia, o multiculturalismo é possível."

Amigos para sempre.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os filhos de Kalergi

Fiquei contente ao ler no site do Mídia sem Máscara, normalmente cauto em abordar certos assuntos, um texto falando sobre uma das figuras mais curiosas e irreverentes da história européia, o Conde Codenhove-Kalergi, também conhecido como Richard Nikolaus Eijiro, ou simplesmente Kalergi ou Kalê para os mais íntimos.

É verdade que o autor do recente texto cometeu alguns deslizes, por exemplo ao chamá-lo de “supremacista branco”, já que Kalergi era, ao contrário, um defensor da mestiçagem, sendo que ele próprio era uma mistura indigesta de austríaco com japonês, mas o texto até que foi bom.

Para quem não sabe, este Conde era um estouro nas festas da elite da época, todo mundo ria e se divertia com suas histórias hilárias, em especial nos bailes de máscara da Maçonaria que ele não parava de frequentar.

Em 1925, sob o efeito de champanhe e champignons alucinógenos, ele escreveu um livro muito divertido chamado "Praktischer Idealismus" que apesar de ter sido um best-seller entre os círculos maçônicos da época parece que só existe em alemão. Para quem souber o idioma, poderá encontrá-lo em pdf.

Bem, neste livro - que, calma lá, pode muito bem apenas ser mais uma de suas famosas pegadinhas - ele fala o seguinte, e esta é a citação mais comentada de todas:

"O homem do futuro distante será híbrido. As raças e castas de hoje serão superadas, vítimas da redução do espaço, do tempo e do preconceito. A raça Eurasiana-Negróide de amanhã, similar em aparência ao homem do antigo Egito, irá substituir a diversidade dos povos com uma diversidade de personalidades. Pois de acordo com as leis da hereditariedade, a diversidade dos antepassados aumenta a diversidade da prole, e a monotonia dos antepassados, aumenta a uniformidade da prole. Nas famílias puras uma criança é igual a outra, porque todos representam um tipo de família comum. Nas famílias híbridas, as crianças são mais divergentes entre si: cada uma é uma variação nova dos elementos dos pais e de ancestrais divergentes."

Mas, na verdade, o conde Kalergi parece que está sendo mal interpretado pelos dois lados. Afinal, ele nunca afirmou que o seu objetivo é o de gerar essa hibridização: ele estava apenas expondo um fato ou uma crença de como seria o homem no futuro distante, não apresentando o seu "projeto europeu". 

Seus outros textos são menos polêmicos deste ponto de vista. Sua obsessão é mesmo com a unificação europeia, mas este negócio esquisito da mistura racial não é muito mais mencionado, ao menos, até onde pude ver.

Por exemplo, ele escreveu uma carta aberta elogiandoMussolini, e outro texto admirando as virtudes do povo alemão, apenas solicitando que tratassem melhor os judeus (definidos por ele no mesmo livro citado acima como uma "nova aristocracia natural").

Em outro artigo, Kalê manifestou-se a favor da continuação do colonialismo branco europeu na África por décadas e décadas, mas um colonialismo benigno, que ajudasse nosso pobre irmão de cor.

E era um inimigo mortal da Rússia soviética.

O Conde batuta criou a primeira organização pan-europeia e a União Européia atual é fruto de seus esforços. "Europa para os europeus" era seu lema. (Hoje isto seria considerado politicamente incorreto.)

Porém, o que mais marcou foi mesmo essa sua mensagem sobre a hibridização do homem do futuro, o que é observado até nos comentários positivos escritos sobre ele.

Agora, observemos que sua mistura ideal, segundo suas próprias palavras, não era a do afro-eurasiano, mas uma mistura "superior", de finlandês com tártaro com russo-eslavo.

Kalergi não teve filhos biológicos, e parece até que se suicidou, mas seu legado continua. 

Uma coisa curiosa é que a mistura racial de hoje em dia não está ocorrendo apenas entre o povão, mas no seio da própria elite: certo, casamentos entre anglos e judeus nesse meio nunca foram raros, e Chelsea Clinton e a filha de Donald Trump são apenas uns dos exemplos entre muitos. Porém, hoje isto ocorre também entre brancos, asiáticos e outros povos, a mistureba é geral. O filho de McCain casou com uma negra. O filho de Jebito Bush é indistinguível de um mestiço mexicano. E assim por diante.

Curiosamente, mesmo no "movimento HBD" (biodiversidade humana), que é o grupo de blogueiros que mais chama a atenção hoje em dia para as tais diferenças raciais, a mistura é a regra. Jayman, misto de negro jamaicano com chinês, teve filhos com uma branca, criando novas combinações genéticas insuspeitadas. O bangladeshi Razib, outro líder desse movimento, também casou e teve filhos com uma branca. Já Derbyshire, britânico da gema, casou com uma chinesa e tem filhos eurasianos de fazer derreter o coração de Eijiro. Não se sabe muito sobre Sailer, mas parece ser fruto da união de uma irlandesa e um judeu. Um dos mais vocais críticos da decadência americana e européia é um vietnamita chamado Linh Dinh.

É meus caros, devemos admitir. A mistura chegou para ficar.

Eles, os híbridos, serão a elite do futuro. 

Devido às suas características multiétnicas filtradas pelo QI e pelo acasalamento seletivo, pegando apenas o melhor de cada raça, serão bons tanto no esporte quanto nas matemáticas. Tanto na ciência quanto nas artes plásticas. Tanto na música quanto no rap!

Dominarão o planeta inteiro e, através da manipulação genética somada à alta-tecnologia biônica, tornarão-se de fato e de direito uma espécie superior.

Serão a elite multiracial para um mundo multiglobal. 

São os heróis que merecemos, ainda que não necessariamente os que precisamos.

São nosso futuro e também nosso passado. 

Eles são... os FILHOS DE KALERGI!





sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Sobre mulheres e armas

Alguém pediu para que eu escrevesse sobre "teoria de gênero" mas acho isso meio complicado e chato. Vou escrever sobre mulheres e armas.

Uma jornalista dinamarquesa reclamou que "os homens europeus estariam se feminizando" e que "não estariam protegendo as mulheres dos estupros" que ocorrem hoje na Europa.

Pode até haver algo de verdade, mas confesso que achei a reclamação uma tolice. Décadas de feminismo, que inclusive transformaram o jornalismo em uma profissão de maioria feminina (era quase que totalmente masculina), martelando que homens e mulheres são "totalmente iguais", e agora elas reclamam que o homem se "feminizou", e que a culpa pelo que está acontecendo é dele.

Não. Como as feministas bem dizem, a culpa pelo estupro é do estuprador. A culpa é dos imigrantes morenos paquistaneses, árabes e africanos e de quem os trouxe. Os alemães estavam muito bem com as alemãs, os suecos estavam muito bem com as suecas, e o número de estupros e assédios era mínimo. Nossa, o alemão ou sueco médio tem dificuldade até em passar uma cantada, imagine um estupro ou assédio!

O problema surge apenas quando você traz para seu meio massas de homens de uma cultura ou etnia mais sexualmente agressiva, onde a mulher é tratada como lixo. Agora os alemães e suecos serão obrigados a andar com armas e "proteger suas mulheres" de uma ralé imunda que nem deveria estar ali. Mas o que podemos fazer? A elite adora "dividir e conquistar", e ainda dizer que é culpa do branquelo de não integrar os invasores direito. (Por que o imundo do Soros não morreu ainda? Por que este lixo senil e inútil ainda é levado a sério em vez de estar na cadeia?)

É como a questão das armas. Armas são necessárias para a autodefesa quando existem muitas pessoas violentas (e armadas) na sua cidade ou região. O multiculturalismo com seus milhões de tribos no mesmo lugar só piora isso. Os Amish não precisam de armas para se protegerem uns dos outros.  

Mulheres e armas. Um tema interessante, de qualquer forma. A maioria das mulheres, segundo pesquisas, são a favor do desarmamento, bem mais do que os homens. E no entando as mulheres, ou ao menos algumas mulheres, acham fascinantes homens violentos e armados.

Vejam esta cena de "Um dia de fúria", no qual a garçonete (a atriz é a irmã da Michelle Pfeiffer) primeiro olha para o nerdão de óculos com desprezo, e logo seus olhos se iluminam quando ele saca a arma. 

Vejam esta outra cena de "Os Bons Companheiros", no qual a moça confessa que fica excitada quando o seu namorado gangster saca uma arma e usa e abusa de violência.

Está "no gene" das mulheres a busca por homens fortes que as protejam, mesmo que, às vezes, essa violência termine sendo dirigida contra elas mesmas. Neste caso, a reclamação da jornalista dinamarquesa por homens mais másculos e violentos, pode ser melhor compreendida.

Adendo: Isto não quer dizer que as mulheres só gostem de "bad boys", ou que os homens se dividam em alfas, betas e ômegas, como querem alguns neo-masculinistas armênio-iranianos. Ao contrário, as mulheres tendem a levar em conta uma série de qualidades, inclusive, em grande medida, a atração física (com exceção das mulheres extremamente bonitas; estas, eu creio, possuem outra psicologia).

Por exemplo, qual dos dois homens abaixo uma mulher "average" preferiria, o alfa feioso, ou o beta sensível atraente?

Alfa
Beta
A solução não é a de "masculinizar" os homens na base da porrada na cara a partir dos quatro anos de idade, como parece que fazem os ciganos. A solução é voltar a uma sociedade mais homogênea, sem tribos hostis no meio da população. Violência? Sim, caso necessária, contra os invasores. Mas sem a necessidade de uma constante sensação de medo e insegurança o tempo inteiro. Para isso, já existe o Brasil!

Para concluir, terminemos falando sobre o triste caso de Adrienne Shelly, atriz judia protagonista de alguns dos filmes independentes mais bacanas dos anos 90, que morreu há alguns anos atrás, enforcada no conforto do seu lar por um imigrante equatoriano ilegal (ele ainda disfarçou a morte como suicídio e quase escapou).

É, talvez se a atriz tivesse uma arma, tudo seria diferente. Mas, se não houvesse tantos "imigrantes ilegais" para começar, ela nem precisaria pensar em ter uma.

Bem, são as ironias da vida, não é mesmo? 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Estereótipos raciais ou construções sociais?

Uma das coisas que sempre achei esquisita no discurso esquerdista foi essa história  de que "raça é uma construção social". O que diabos significaria isso? Para qualquer pessoa que more em uma grande metrópole ocidental, uma coisa que certamente chama a atenção é a extrema diversidade dos tipos físicos humanos. E olhem que estou falando apenas do aspecto físico, não do comportamental. Quer dizer, a pele negra ou os olhos puxados seriam apenas "construção social"?

Certo, imagino que eles queiram dizer que "raças" são categorias aleatórias criadas para classificar pessoas sem uma base estritamente biológica. Isso em parte é correto. Tendemos sempre a querer classificar as coisas. Por exemplo, o "elefante africano" e o "elefante asiático" são espécies diferentes. Eu não vejo muita diferença, mas enfim, um tem a orelha menor, o outro a tromba maior, etc. A classificação em espécies diferentes é uma "construção social", já que podíamos classificar os mesmos animais de alguma outra maneira, mas enfim, as diferenças estão lá e existem. O modo de catalogar é que varia.

Então é irrelevante dizer se "raça" existe como "conceito biológico" ou não. É um tipo de catalogação, como espécie, ou etnia. Podíamos chamar de outra coisa, ou catalogar de outra forma. Mas isto não elimina as diferenças iniciais.

Podemos afirmar que o "racismo" seria uma construção social, isso talvez sim. A hostilidade de um grupo contra outro, a visão reducionista, até o tal "privilégio branco", tudo isso.

Bom, mas hoje eu queria deixar a seriedade e o apocalipse um pouco de lado e falar com mais humor, ainda que não politicamente correto. Vamos falar sobre as diversas raças e etnias humanas e o que elas trazem de bom ou de ruim.

Em minhas viagens pelo mundo tive a oportunidade de conviver com os mais variados tipos de pessoas, segue então um somatório do que eu veria em termos de estereótipos étnicos e raciais. Lembrem-se que isto é mais uma brincadeira e que cada um é livre para discordar. Vamos lá! Clique no link para saber.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O que vier virá

Se você está preocupado com o destino do mundo ocidental, não perca as esperanças. Sim, eu sei, é difícil, talvez quase impossível. Mas o progressismo e o globalismo não vencerão. E sabem por quê?

Por que existe uma coisa chamada "realidade". E esta, no fim, sempre vence. O progressista pode chiar à vontade, e falar que "gênero não existe", "raça não existe", "fronteiras não existem", "papai e mamãe não existem", e todo o blablablá utopista que quiser. Isso não mudará as coisas. Cedo ou tarde, a conta vem.

O sucesso de candidatos como Trump ou Bolsonaro mostra ainda que os líderes que se tornam mais populares são aqueles que xingam e humilham os esquerdistas. É disso que o povo gosta, é isso que o povo quer. (Nota: nenhum dos dois me convence muito, nem confio que farão tudo o que dizem, mas provavelmente sejam melhores do que a alternativa.)

Podemos dizer então que o progressismo é um tigre de papel. É só uma espécie de vírus político e sociocultural que enfraquece a sociedade. Mas não tem poder por si só. É apenas um período de transição. O futuro não pertence aos Obamas e Trudeaus ou às Merkels, mas aos novos Maomés e Neros, Átilas e Khans, Hitlers e Stalins. Homens que não hesitam em fuzilar a própria mãe se necessário for. O verdadeiro poder sempre foi e sempre será sanguinário. E isto, por bem ou por mal, não vai mudar. 

De certa forma, os falsos conservadores são uma ameaça pior do que os progressistas, pois dão uma falsa esperança de estar do seu lado, quando não estão. Por exemplo, tenho um "amigo" "libertário" que se diz de "direita". Porém, ele vive defendendo o direito dos refugiados irem à Europa. Quer um mundo "sem fronteiras" e com "total liberdade econômica".

Ele ainda não percebeu que já não existe mais "esquerda" versus "direita", mas globalistas versus nacionalistas. 

Nesse sentido, às vezes penso que libertários são quase piores que progressistas (E isso que até que concordo e gosto de vários princípios libertários). Mas no fundo, ao menos os mais extremos, não passam de idealistas ingênuos. Eles participam da mesma mentalidade "tábula rasa" que acredita que todos os seres humanos são exatamente iguais em todo lugar, e que todos podem ser amiguinhos, e também apoiam o globalismo, só que ao contrário dos esquerdistas, não acham que o Estado deve ajudar os desvalidos ou os que perderam no jogo darwiniano. "Fronteiras abertas para todos, mas sem welfare state", é seu lema.

(Porém, eles não têm nada contra as empresas terceirizarem trabalhos na China ou nas Filipinas pagando três centavos por hora e desempregando o povo americano ou europeu.) 

Esqueça. Tudo isso irá acabar um dia. O progressismo está com os dias contados. O libertarianismo também.

O que virá, eu não sei. E tampouco importa tanto. Nada será perfeito, nem necessariamente melhor. Mas tudo muda, e o estado atual mudará também.

Bem, mas eu ia contar uma história positiva, não é?

Era esta: na França, há um tempo atrás, o país estava perdendo uma guerra que já durava décadas. Então uma jovem de 19 anos sem qualquer formação ou conhecimento político teve uma visão, e tanta foi sua obstinação que conseguiu uma audiência com o futuro Rei, e chegou a estar à frente de tropas em batalhas vitoriosas que levantaram a moral do país. A jovem morreu queimada na fogueira (condenada não por bruxaria, como se acredita, mas por heresia e travestismo, em um julgamento manipulado pelos ingleses), mas jamais negou a sua visão nem os seus atos. A França terminou por repelir os invasores anglos e venceu a Guerra dos Cem Anos.

Essa jovem, naturalmente, era Joana d'Arc.

A França, e a Europa, e o Ocidente, só precisam de novas Joanas d'Arc.

Um milhão de Joanas d'Arc marchando em uníssono!

Brincadeirinha, uma ou duas como inspiração e sinal de renovação espiritual servem. Pode ser João d'Arc também.

Quem se candidata?


Para onde vai a Internet?

Este blog, até faz pouco, tinha 184 seguidores (acho que o máximo foi 191). Nas últimas semanas ou meses, por algum motivo, caiu para 171 (um número simbólico).

Não sei direito o motivo. Não sei se foi o conteúdo de posts recentes versando num racialismo apavorante para a maioria que afungentou os leitores, mas não creio: vivo repetindo a mesma lenga-lenga sobre etnias e imigração mais ou menos desde 2012. Então talvez seja a repetição que fez desandar.

Ou talvez a parcimônia dos posts também tenha feito alguns leitores desistirem: blog bom é aquele que publica todo dia ou quase todo, e eu não tenho mais paciência para isso. Se pudesse contratar uma equipe, incluindo gostosas secretárias, o faria. Mas não posso. 

Tudo isso pode ser, mas acho que há também outro fenômeno, mais global.

O que parece estar ocorrendo é um fenômeno até já velho, o da "facebookização" da Internet. As mídias sociais tomaram conta e monopolizaram a distribuição de conteúdo. As pessoas quase só lêem aquilo que é postado no Face.

Lêem? Mentira. Dão uma "curtida" no link, mas nem mesmo lêem. É informação demais, pois no próximo minuto já entra mais.

Além disso, o Facebook gerou uma superficialidade preocupante. Sim, eu poderia fazer uma "página do Mr X" no Face. Mas aí, teria que povoá-la com piadinhas e gifs animados, que são as únicas coisas que as pessoas gostam. "Chapolim da Conspiração", talvez?

As mídias sociais, além de ter privatizado a Internet (é o Face que decide o que pode ou não ser publicado), acabar com a privacidade (a informação que você posta lá não pertence a você, mas ao Zuck, ou você não leu as letrinhas?), também geraram um fenômeno preocupante de filtragem de conteúdo. Perceba ainda que grande parte dos portais de notícias agora só aceitam comentários via Face, isto quando não acabam completamente com a possibilidade de comentários.

Para quem viveu, a Internet no fim dos anos 90 e começo dos 2000 era bem mais emocionante. Um obscuro blog ucraniano ou japonês poderia ser seguido de repente por várias pessoas, devido a interesses tópicos do momento. Isto ainda acontece, mas em menor medida. Blogs estão out. Hoje, o que você precisa fazer é "viralizar" e aparecer no Buzzfeed e ser compartilhado no Face.

Não estou reclamando, apenas tentando entender. Minha impressão é que as mídias sociais foram mais negativas do que positivas para a comunicação em geral, e preferia o tempo em que não existiam ou, ao menos, não monopolizavam.

Um romance chamado "Nós", escrito em 1921 pelo futuro dissidente soviético Zamyatin, já preconizou esse futuro (este presente) muito antes do que Orwell. No romance, as pessoas viviam em casas de vidro, e toda a sua vida cotidiana podia ser observada pelos outros.

Isto não ocorreu exatamente desta mesma forma, mas, de um jeito parecido, estamos expondo toda a nossa vida online para quem quiser ver, ao mesmo tempo em que ficamos à mercê de poderosas entidades que tudo controlam.
 
P.S. Quando falo "tudo", não estou falando apenas da sua foto com o cachorrinho ou o seu selfie no banheiro.

Por exemplo, uma das tendências atuais é a de acabar com o velho dinheiro de papel e transformar todas as transações em transações virtuais. Isto é feito em nome da "praticidade", mas não esqueçam que o dinheiro digital é facilmente rastreado, enquanto que o dinheiro vivo, ninguém tem tanto controle.

A Alemanha já está pensando em limitar as transações financeiras, com um projeto de lei que pretende proibir pagamento em dinheiro para valores maiores do que 5,000 euros. Controles similares já existem nos EUA, ainda que não seja ainda proibido.

Tudo isso é feito em nome do "combate ao terrorismo" e do "combate à corrupção", mas é claro que nós sabemos que não é apenas isso.

Caminhamos lentamente e imperceptivelmente para uma sociedade totalitária; só que esta não chegou com um golpe, mas com o beneplácito do próprio povão, que gostou e ainda clicou em "curtir". 


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luis de Camões

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Eles zelam por nós

Aqui está uma lista das supostas "melhores frases" de Davos, escolhidas a dedo pela própria equipe do Fórum Econômico Mundial celebrado ali.

São tantas as platitudes progressistas, globalistas e multiculturalistas repetidas, além de algumas frases que beiram a total falta de nexo, que chega-se a uma conclusão inescapável: ou a nossa elite mundial é formada por retardados (o que é, admitamos, pouco provável), ou, então, tratam-se de psicopatas de alto calibre, repetindo sem pestanejar mentiras para uma população imbecil.

O primeiro-ministro canadense, por exemplo, não apenas falou sobre os "homens feministas", como destacou a importância do multiculturalismo a partir da mais tenra infância.

Ele não comentou, mas com certeza deve apoiar o inocente livrinho que foi lançado recentemente na França, de educação sexual para criancinhas de 6 anos, explicando sobre sexo, masturbação e casamento homossexual, tudo ilustrado com belos casais multiraciais:




Apenas coincidência? Não tenho dúvidas. Eles só querem o nosso bem. Imigrantes escuros estuprando mulheres brancas são só um detalhe que devemos esquecer.

Algumas outras coisas ditas são tão estúpidas, que beiram a trollagem. Por exemplo, a diretora do FMI nos garante que "um certo grau de volatilidade é OK. O mercado resolve tudo no fim."

Certo, tão simples! Vou lembrar disso na próxima vez que houver uma crise e milhões de pessoas perderem todas as economias. O mercado resolve tudo! Assim como resolveu após a quebra da URSS nos anos 90 ou na Argentina em 2001, bem como na crise de 1929. Alguns perdem, outros ganham, é assim mesmo. E a banca do Cassino leva tudo no fim. 

Será que eles realmente acreditam no que dizem? Tem aquele ditado, "jamais atribua à malícia o que pode ser melhor explicado por estupidez."

Pode ser, mas não creio. Não é possível que sejam tão tolos.

E, se forem, bem, ficamos na dúvida sobre o que seria mais preocupante: um planeta controlado por psicopatas, ou um controlado por imbecis...

Fico com a explicação dos psicopatas. E vocês?