domingo, 30 de agosto de 2015

O fim da história

A bolsa chinesa caiu, imigrantes árabes e africanos avançam aos milhares rumo à Europa sem qualquer impedimento. PT aqui, ISIS acolá. Parece ser o fim dos tempos. Mas será mesmo?

Muitos acreditam que existe uma luta entre esquerda e direita. Mas não existe. Tanto a direita quanto a esquerda estão do lado do globalismo, que é a ideologia unânime tanto das elites quanto do povão.

Tanto os classe média liberais quanto a elite política apóiam, por motivos diferentes, a invasão árabe ao continente europeu e mexicana à América. E praticamente todo mundo está a favor dos gays, dos transexuais, e de outras mudanças sócio-sexuais. Realmente, nas questões importantes, quase não há oposição, ou, se ela existe, é pequena e sem fazer grande barulho.

É verdade que o mesmo globalismo também é beneficiado por uma série de mudanças tecnológicas (transportes mais rápidos e baratos, Internet, melhor saúde, etc) demográficas (queda geral da fertilidade) e culturais (urbanismo, empregos que permitem ou exigem deslocamento a certos locais), portanto nem podemos dizer que seja exatamente uma ideologia, quanto o "zeitgeist" de nossa era. Impossível resistir.

Se bem que, de vez em quando, uma que outra rachadura na "história" aparece.

Agora, por exemplo, a idéia da harmonia racial sofreu um baque quando um negro assassino matou repórteres brancos ao vivo na TV. Não assisti nem quero assistir ao vídeo, mas parece que é verdade (ainda não acredito muito em Sandy Hook nem na "morte" de "Bin Laden", mas isto parece ser real, ainda que possa não ser).

Admitamos que seja verdade. Pelo que parece, era um negro que sofria de esquizofrenia paranóide. Só que, no caso dele, sua obsessão era com o racismo, como aliás costuma ocorrer com muitos negros, esquizofrênicos ou não.

Tenho alguma experiência com pessoas do tipo, já tendo namorado duas mulheres com transtornos mentais (mas não podemos dizer que todas as mulheres tem algum tipo de transtorno mental? calma, é brincadeirinha).

O que eu queria dizer é que entendo o processo: sei bem como pessoas mesmo apenas levemente paranóicas pegam uma pequena frase ou ação fora de contexto e transformam isso em algo extremamente pessoal. Fazem tempestade em copo de água.

No caso dele, por exemplo, qualquer palavra era interpretada como "racismo". Vamos fazer um "trabalho de campo", lhe diziam. "Ah, você quer dizer, trabalhar no campo que nem um escravo? Racista!!". Uma vez, parece que alguém levou melancia no trabalho e ele tomou isso como uma ofensa pessoal. (Nos EUA, associar melancias ou galinha frita com negros é considerado "racista". Não entendo por que. É também "racista" associar italianos com pizza ou espanhóis com paella? Adoro melancia e até que gosto de galinha frita. Mas e daí?) 

Enfim, o negro (que aliás era também gay, e canhoto) foi logo demitido, e com razão, pois nem deveria estar naquele emprego. Só que isso alimentou mais ainda a sua raiva, e ele descontou do jeito que sabia e que a mídia lhe disse que era certo: matando brancos. Em resumo, era um sujeito que deveria estar num sanatório, amarrado com uma camisa de força -- não fosse que nossa sociedade estimula esse tipo de mania de perseguição.

Nesse joguinho infernal, só o branco que não pode ser vítima. O que resta ao branco? Apenas se auto-culpar. Vejam por exemplo como esta bezerrinha branquela aprendeu bem a lição de seus mestres. Não só namora exclusivamente não-brancos, como culpa-se pelo racismo e pela "supremacia branca" em qualquer interação com eles. Só falta pedir desculpas por respirar o mesmo ar que negros e pardos.

Embora menos violenta, acredito que essa seja também uma forma de insanidade mental.

Eles venceram, e o sinal está fechado para nós, que somos brancos. (Quer dizer, vocês, pois eu tenho 2% de sangue africano, portanto, segundo o Direita, sou um mero nigger. Muito embora estes testes genéticos via Internet sejam bem inexatos, e, além disso, "africanos" inclui norte-africanos, o que significa que posso ter antepassados bérberes em vez de yorubá. Não importa. Tenho orgulho de minha herança africana! É o que me dá samba no pé.)

Fukuyama tinha razão. A História acabou. Agora é globalismo, sem oposição. Tá tudo dominado!


Bem, eu nem me importo - como já disse, vou-me embora pra Pasárgada. Vocês que ficam, divirtam-se! Adeus!

sábado, 22 de agosto de 2015

Adeus, otários

Que curioso: instantes depois de escrever o post abaixo post defendendo o homem branco e sua cultura contra a invasão multicultural, leio um artigo sobre dois suecos (na verdade, um sueco e um finlandês) que querem transformar Malmö na cidade mais multicultural do mundo.

A cidade já tem habitantes de 169 países do mundo -- mas estes nórdicos acham pouco. Querem ter pelo menos um cidadão de cada um dos 193 países reconhecidos pela ONU, e estão pagando a passagem e acomodação para eles, através de doações dos próprios habitantes da cidade.

Para quê? Para nada, oras. Pura diversão. Coisa de homem branco, você não poderia entender. 

Malmö já é a cidade mais multicultural da Suécia, e também a mais violenta. Campeã de roubos, estupros e até explosões. Tudo graças às alegres minorias já importadas. Eles querem mais.

Quando alguém é enganado ou ludibriado, ou quando é vítima de sua própria tolice ou ignorância, temos pena. Errar é humano, todos sabemos. E quem nunca tomou uma má decisão?

Porém, quando alguém é enganado dezenas de vezes, ou faz mal a si mesmo das formas mais diversas, o consideramos um otário. O otário não é bem-visto pela sociedade, e com certa razão: uma coisa é ser enganado uma, duas vezes, até três vezes. Mas virar freguês não é motivo algum de orgulho.

O homem branco pode desafiar os maiores perigos para escalar montanhas ou ir à lua. Por que? Sem motivo: "Because it's there -- Por que está aí". O homem branco é responsável pelas maiores conquistas e invenções.

É também um otário.

Talvez seja parte do mesmo espírito, o outro lado da mesma moeda. George Mallory (autor da famosa frase acima) foi um dos primeiros homens a tentar escalar o Everest. Morreu a 200 metros de chegar ao topo.

"Because it's there": o mesmo espírito de desbravamento o leva a cometer tolices, a apostar no desconhecido, a celebrar a própria destruição em nome de um ideal maior.

Tudo bem, porém, eu não vejo mais muito sentido em tentar defender um povo tão tolo. Que façam o que querem. Que passeiem com alegria rumo ao Everest de sua própria extinção.

Eu? Nada. Desisto de tudo. Vou-me embora para Pasárgada.

Sejam felizes vocês também.

Adeus.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Até quando?

"Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência"?

Assim o senador romano Cícero começava seus discursos, denunciando o traidor Catilina. Graças a seus esforços, o maldito traidor foi executado.

Também temos traidores no Ocidente. Sob a desculpa de promover as belezas do "multiculturalismo", que nada mais é do que um estupro dos países anteriormente de maioria branca, estão semeando caos e confusão.

A França, que ainda nos anos 50 era um belo país de maioria étnica francesa, virou um verdadeiro inferno multicultural. Os muçulmanos que foram importados, em particular, não sevem para nada a não ser causar desgraça, morte e horror.

Agora, mais um desses jihadistas imundos armado de um fuzil tentou causar um atentado em um trem. Se não fosse a pronta intervenção de dois marines americanos, quantas dezenas ou até centenas de vidas não teriam sido perdidas?

Quem teve a idéia de importar muçulmanos para a Europa? E para quê? Não faz o menor sentido. Não ajudam em nada, e para pior ainda atrapalham. Fala-se que os imigrantes "enriquecem" o país, mas não é claro em qual sentido. Pareceria mais que empobrecem: economicamente, culturalmente, socialmente. Pode-se entender qual a vantagem para os imigrantes que melhoram de vida, mas para o europeu que mora lá, qual a vantagem?

Sempre que vejo uma muçulmana de burca com 7 pirralhos ao lado penso: mas por que diabos as elites estão importando estas desgraças para cá???

E não são só os muçulmanos. Embora menos violentos, os mexicanos que inundam os EUA tampouco contribuem com nada de muito positivo além de mão de obra barata (e de má qualidade).

E os asiáticos? Normalmente celebrados como "minoria modelo", a verdade é que eles tampouco adicionam tanto assim, e também causam problemas.

A cidade de Vancouver, no Canadá, por exemplo, já é 30% chinesa, fora as outras "minorias". (A única "minoria" de verdade são os brancos, que já são menos de 46%). Graças a milionários (mafiosos?) chineses que estão comprando metade das propriedades da cidade em operações de lavagem de dinheiro, o custo de vida na cidade aumentou a mais não poder. Já é a segunda cidade do mundo em custos de habitação, perdendo apenas para Hong Kong -- e os culpados são os mesmos chineses.

Sem poder aquisitivo, as famílias brancas de Vancouver precisam sair e migrar para outras cidades, como Surrey - onde são assediadas por gangues paquistanesas e somalis.

Nos EUA e Europa a situação é ainda pior. O custo de vida só aumenta para as famílias brancas, enquanto muçulmanos, mexicanos e outros vivem ao custo do contribuinte -- e tornam a vida mil vezes pior, em todos os sentidos.

Longe de mim querer idealizar a raça branca -- cujos membros são, aliás, em grande parte responsáveis pela desgraça em que se encontram. Porém, não tem o menor sentido que países de herança européia tenham que se submeter a esta invasão de alienígenas mal intencionados.

Como dizia o personagem de Robert De Niro em "Taxi Driver". o que precisamos é de uma verdadeira chuva, que limpe toda a escória das ruas do mundo civilizado.

Precisamos de um renascimento civilizacional. Isso inclui, naturalmente, uma mudança na própria sociedade e cultura ocidental. Uma mudança de paradigma. Algo difícil, sem dúvida. Mas que outra solução existe?

Assim como está, não pode ficar.

Até quando?



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Teoria geral do lixo

No outro dia, uma fiscal de prefeitura de uma cidadezinha do interior do Cú do Judas discutiu com dois viciados em droga que estavam em local indevido. Foi esfaqueada e depois atropelada com seu próprio carro. Morreu.

Estivesse eu em controle da sociedade, tais facínoras não teriam tempo sequer de aguardar raiar o sol, quanto menos um julgamento longo: seriam enforcados ou fuzilados em praça pública logo após a captura. Tipos como esse são puro lixo humano, gente que não agrega nada à sociedade, e ainda atrapalha ou acaba com a vida de outros. 

O problema da esquerda é que vive com pena das pessoas erradas. É correto ajudar os mais desvalidos, porém, de forma a enfatizar uma boa forma de viver em sociedade. Ter pena de criminoso é como ter pena de animais peçonhentos. Não faz o menor sentido, prejudica a sociedade em geral e ainda é cruel com as vítimas. (Mas sabemos que, das vítimas, o esquerdista não tem pena.)

Tenho uma teoria, a teoria do lixo. Acredito que infelizmente as más pessoas tentem a proliferar bem mais do que as boas. Uma das melhores pessoas que conheço teve uma doença que a impediu de ter filhos. E todos sabemos que as pessoas inteligentes tendem a procriar bem menos. Enquanto isso, existem pessoas nojentas que engravidam aos 15 e depois tem 7 filhos, cada um com um pai diferente.

Faz sentido: de acordo com a minha teoria geral, o que é bom é pouco numeroso e não prolifera, enquanto que o que é ruim existe em quantidade e se propaga ainda mais. Parece ser uma constante do universo. Assim como ratos e baratas são mais numerosos, impossíveis de erradicar e se reproduzem mais do que coalas fofinhos ou elefantes inteligentes que estão em perigo de extinção, o mesmo ocorre no reino humano. Pessoas boas são poucas e tendem a ser mais vulneráveis, enquanto os psicopatas são legião, e aumentam cada vez mais.

O criminoso é alguém que se aproveita dos outros, usando de violência. É uma pessoa má que deforma o tecido social para se beneficiar, e portanto deve ser punida -- para o bem da vítima, e para o bem da sociedade em geral. Não interessa "regenerar" o bandido -- para quê? Mesmo que fosse possível, o que duvido, estaria premiando-se a pessoa por uma coisa má que ela fez. Não interessa se a pena de morte "reduz o crime" em geral ou não. Acaba com a vida do criminoso, é suficiente. É um bandido a menos, que terá menos bandidinhos.

Tudo bem, Estado de Direito, julgamento, defesa com advogados, e tudo mais. Mas depois disso, fuzilamento.

É claro, pena de morte por si só não resolverá o triste problema do crime no Brasil. Seria necessário muito mais, como o fim do tráfico de entorpecentes, policiamento preventivo com remoção de vagabundos de lugares públicos, a remoção de favelas e transferência de seus habitantes para longe da cidade, bolsa-esterilização, e, por que não, melhoria da qualidade de vida das populações mais carentes.

Olhem, eu até que tenho empatia com os pobres e desvalidos. Sei que a vida é difícil para quase todo mundo, e em especial para algumas pessoas com pouca educação ou bens materiais. Nem sempre são más pessoas, não é justo que sofram só pela pobreza ou pela burrice. Que tenham seu lugar ao sol. 

Porém, se tem um grupo social de quem não tenho pena é de bandido, e em especial de assassinos. Escolheram essa vida, é justo que paguem o preço. Quem matou, sabe muito bem que pode morrer. A idéia de "reeducar" ou "resocializar" o bandido é, como já afirmei acima, pouco mais que inútil. Vários estudos mostram que a maioria dos bandidos são reincidentes. É verdade, podem existir exceções, mas são bem raras. Em geral, quem nasce no crime, morre no crime.

É por isso que o Estado, se é que tem alguma função, deveria ser a de ao menos controlar que os criminosos proliferem menos. A longo prazo (e a curto também) isso beneficia toda a sociedade. É preciso reciclar o lixo, transformando-o em adubo.



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Para onde vai o homem branco?

Estou em Seattle. Belo lugar. Um dos últimos bastiões da América branca, ao menos entre as grandes cidades. Não é coincidência também que seja extremamente progressista: a cidade tem até estátua de Lenin.

Os seattlenses são bem simpáticos. Progressistas em média tendem a ser mais simpáticos do que os conservadores. Podemos dizer que o progressista é como um animal dócil, domesticado: faz amizade com todos, até com o predador que pode caçá-lo ou comê-lo. O conservador é mais arisco, foge ou morde os estranhos.

Por exemplo, um amigo meu espanhol foi morar em uma cidadezinha conservadora do interior dos EUA, acho que em Ohio: disse que é tratado como lixo, confundido com um vulgar mexicano, e que todos são taciturnos e desconfiados.

(Pensando melhor, talvez isso não tenha tanto a ver com a diferença entre conservadores e liberais quanto com a psicologia das cidades grandes versus cidades pequenas. A cidade grande é mais acolhedora inicialmente, mas também mais superficial: as pessoas são simpáticas no começo, mas fechadas a relações mais profundas. Já a cidadezinha é inicialmente mais hostil, porém pode terminar acolhendo estrangeiros com grande afeto se estes se mostram confiáveis (sei disso, já visitei o Sul dos EUA onde fui tratado como membro da família por quase completos estranhos). Na cidadezinha todos se conhecem e se cumprimentam; na grande cidade, há mais cortesia superficial, mas muita solidão. De qualquer forma, a diferença ideológica também se mantém: liberais preferem cidades e conservadores preferem cidadezinhas ou subúrbios. O que veio antes, o ovo ou a galinha? A cidade torna o homem mais liberal, ou é o liberal que tende a querer formar cidades?)

De qualquer forma, se podemos dizer que, em média, o progressista tem maior empatia, há também o lado negativo, que é que termina sendo uma presa fácil de bandidos e psicopatas. Além do fato de não se reproduzir.
Embora Seattle seja uma cidade considerada "branca", os brancos hoje são apenas 69% dos habitantes (já foi de 95%) -- e os asiáticos já são 14% e não param de crescer. Há em especial muitos vietnamitas. São considerados uma "minoria modelo", não sei direito por quê. Os latinos aos pouco também estão subindo desde a Califórnia, depois de terem mexicanizado sem volta Los Angeles.

E os brancos? Bem, seu crescimento é negativo. Seattle é uma das cidades com maior número de solteiros nos EUA - quase 40%. Vi porém pelas ruas vários casais de homens brancos com mulheres asiáticas.

E vejam este sujeito, típico hipster de Seattle, que casou com uma alegre muçulmana de olhos puxados da Indonésia:


Já as mulheres brancas não gostam de asiáticos. Preferem indivíduos mais viris, com instrumentos maiores.

Bem, o que fazer? A América está apaixonada pela diversidade, e é bom que seja assim. É melhor mesmo ter filhos com asiáticos ou outras raças, assim eles não destoam e se acostumam logo ao futuro misto que virá, onde um homem branco será tão raro quanto um mico-leão.

E no mais, eu não posso reclamar da infertilidade branquela, pois seria hipocrisia: também não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. E nem foi por falta de oportunidades, pois tive mais de uma. 

Porém, tenho a idéia de passar alguns meses na Alemanha no ano que vem. Lá planejo encontrar uma alemã ariana pura, com a qual irei gerar o novo Adolf Hitler. (Calma, estou brincando -- Hitler além de ser austríaco tinha sangue judeu, e eu não tenho).

Enquanto isso não acontece, passeio pelas ruas de Seattle, aproveitando a simpatia progressista.

Divirtam-se vocês também, enquanto der.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Da possibilidade ou impossibilidade de voar

Desculpem a falta de posts, mas estive ocupado tentando recuperar o que perdi na Bolsa de Valores, e lendo tudo o que é possível sobre como investir. Já aprendi a como perder dinheiro mais rápido! Agora falta descobrir como ganhar. Mas vamos ao post.

Um leitor pediu que eu falasse sobre os "cuckservatives". Nem sabia da existência desse termo, mas encontrei alguma coisa aqui e ali. É simples, é uma mistura da palavra "cuckold" (corno) com "conservative". São os supostos conservadores que na realidade traem a causa, deitando-se com o inimigo. 

Olhem, eu acho que em geral, à esquerda e à direita, são poucas as pessoas com verdadeiros princípios, a maioria dos políticos se vende a quem tem mais grana ou ao que é moda entre a população. Então não há nada de muito novo aí. Tanto Collor quanto Dirceu parecem ter ganho belas propinas do Petrolão.

Nos EUA como no Brasil, mais do que dois partidos com ideologias diferentes, temos mesmo dois times jogando de acordo com as regras de sempre, disputando apenas o poder.

De qualquer forma, eu acho que existe sim uma diferença entre conservadores (os reais) e progressistas, e tudo se remonta à eterna dualidade do nosso ser.

No outro dia li um texto da Chimananda Adichie. Acho que era a transcrição do seu Ted talk. Ela é bem simpática, uma igbo inteligente e criativa. Não li seus romances, mas devem ser bons. Seu texto sobre o feminismo, apesar de ser, hã, feminista, tampouco é ruim.

Ela se trai, porém, ao falar tanto sobre a "cultura" e a "educação". Não que tais fatores não sejam importantes, mas, para o progressista, são tudo o que conta. Para o progressista, o homem (e a mulher) é totalmente auto-perfectível. Pode reinventar a si mesmo eternamente de acordo com as suas preferências ou convicções. Daí que temos a reengenharia social, as tatuagens, a "mudança de sexo" e tantas outras modificações aparentemente absurdas: "Eu sou meu próprio Deus".

Já o conservador entende que existe algo chamado "natureza humana". Seja controlado por Deus ou pelos genes, ou por outros fatores aos quais não temos acesso, para o conservador o fato é que a tal "natureza humana" é algo muito difícil, se não impossível, de mudar. 

Isso não quer dizer que tudo seja estático. Por exemplo, detesto as muçulmanas de burca. E não venham me dizer que elas são pobres vítimas oprimidas pelo machismo muçulmano. Mentira! Elas adoram aquela burca. Adoram esfregá-la na cara das putas ocidentais. É um símbolo de opressão religiosa, sim, mas da opressão muçulmana sobre os infelizes cristãos, que têm que aturá-las em seus países. 

Bem, mas o que eu queria dizer é que, mesmo eu sendo contrário aos excessos do feminismo, não quer dizer que eu queira ver as mulheres vestidas como sacos de batata.

(O mesmo vale, aliás, para os judeus ortodoxos e suas judias ortodoxas; detesto aquelas vestimentas esdrúxulas. Mas gosto das indianas e seus saris. Também acho os vestidos africanos coloridos bonitos, e adoro as japonesas e seus kimonos. É possível ser modesta sem deixar de lado a feminilidade, pois não?). 

Acredito de qualquer forma que possa existir um meio-termo, entre os exageros do conservadorismo mais quadrado e os absurdos do progressismo delirante. Ou será que não?

Talvez eu seja ingênuo. Pelo que se vê na história humana, vivemos quase sempre em um pêndulo de extremos, do fascismo à revolução, com poucos períodos mais moderados.

Bem, de qualquer forma, eu não sei muito bem qual seria a solução. Às vezes eu também gostaria de poder reinventar tudo, toda a sociedade, toda a humanidade, de começar do zero, e de poder especialmente me reinventar, de escapar de meus genes e da inefável condição humana...  Ser livre para voar...

Será que é mesmo impossível?


sábado, 1 de agosto de 2015

...

Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma,
Mas que são dolorosas mais que as outras....
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com o imaginá-las
Que são mais nossas do que a nossa vida.
Há tanta cousa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa, é nós...
Por sobre o verdor turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.


Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.

Fernando Pessoa