terça-feira, 29 de julho de 2014

A guerra invisível

Não vou falar aqui da infindável guerra, se é que se pode chamar assim, entre Israel e palestinos, mas sim de uma guerra que está ocorrendo às portas da Europa, em plena Ucrânia, sem que quase ninguém fale nada - exceto para culpar Putin, por ora sem provas, pela derrubada de um avião.

Sem contar as vítimas do avião malaio (que ainda não se sabe qual dos dois lados derrubou, e nem sei se um dia descobriremos), você sabia que mais de 800 civis ucranianos do leste já morreram em bombardeios das forças ucranianas contra os rebeldes?

Pessoas como esta moça aqui e seu bebê:



Confesso que não é bem claro para mim o que está acontecendo. Parece ser claro que há uma luta pelo controle da Ucrânia, ou ao menos do leste do país, entre "pró-ocidentais" e russos. Mas o que há por trás disso? O controle do gás que aquece a Europa? Ou algo mais?

Sobre o avião, segundo fontes russas, teria sido avistado um caça ucraniano nas proximidades do avião antes da queda. Isso é compatível com o depoimento de alguns moradores, que dizem ter ouvido o ruído de turbinas de jatos antes da explosão.

Há uma explicação plausível para isso: os rebeldes tentaram acertar o caça, e acertaram por acidente o avião civil.

Fora isso, há as teorias de conspiração. Alguns até acham que se trata do mesmo avião que sumiu há um mês atrás, e dizem até que os corpos encontrados pareciam já estar em estado de decomposição. Há quem lembre que nos anos 60, a CIA tinha um plano, Operação Northwoods, que descrevia a idéia de seqüestrar um avião e utilizá-lo para simular sua derrubada por rebeldes cubanos..

É fantasia, mas seria algo assim: um avião é seqüestrado. Desaparece sem deixar rastros em alguma ilha do Pacífico. Seus tripulantes, já mortos, são congelados. Depois um outro avião, muito similar, parte. Este avião, na verdade, é pilotado por controle automático e contém apenas os corpos congelados do avião anterior... O avião é derrubado. Fazem-se fotos e mostram-se para a mídia, e acusam-se os rebeldes pró-russos de o terem derrubado.

Bizarro, eu sei. Mas faz mais sentido do que querer atacar a Rússia nuclear de Putin porque ele é "homofóbico" e "não gosta do casamento gay"...

P. S.  Ah, e tem outra. O avião, parece, estava lotado de "especialistas em AIDS". Taí outra teoria da conspiração. Afinal, há alguns cientistas respeitáveis que até dizem que a AIDS é um mito, e que não é causada pelo vírus HIV.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

7 x 1: Anatomia de um massacre

Muito está sendo dito e escrito sobre a vexatória surra que o Brasil recebeu da Alemanha. Ver aquela sucessão de gols, um atrás do outro, em plena Copa do Brasil, deu pena. Quase parecia estar assistindo um estupro ao vivo, ou uma criança sendo espancada por um adulto. Nunca antes na história deste país viu-se um time tão perdido em campo quanto o Brasil naquele primeiro tempo.

Alguns artigos falam da lógica e frieza germânica versus o excessivo emocionalismo do brasileiro. Clichês, decerto, e talvez haja um pouco de exagero, mas também algo de razão. Os jogadores brasileiros em geral pecam por se deixar levar demais pelas emoções. A Alemanha quando jogou contra Gana, chegou a estar perdendo em um momento: 2 x 1. E foram, também, gols feitos em relativamente rápida sucessão: empataram com a Alemanha apenas três minutos do primeiro gol alemão, e depois fizeram mais um, virando o jogo, oito minutos depois. Um time brasileiro se desesperaria: "Meu Deus, estamos perdendo para Gana!" Mas os alemães continuaram fazendo o que fazem calmamente, e pouco depois empataram.

O problema do Brasil nesta Copa, a meu ver, foi que investiram de mais em estádios e de menos em criar um time. Aparência versus essência. O importante era dar uma boa impressão para os gringos, mas ter um time com chances de ser campeão, deixa disso. O poder mágico da torcida brasileira se encarregaria dessa parte. Fred? Hulk? Jamais tinha ouvido falar dessas criaturas. É verdade que não acompanho muito o futebol brasileiro ultimamente, mas parece que não perdi muito.

Faltou organização ao Brasil, não para sediar o evento, mas para jogar futebol. É como se tivessem cuidado todos os detalhes possíveis para impressionar os gringos, e esquecessem do principal. É como gastar milhares comprando um um cálice de ouro, e depois enchê-lo com o mais vagabundo vinho sangue-de-boi. 

Deixemos de lendas. Há tempos que o Brasil não é mais o "país do futebol". O melhor time brasileiro, o apogeu do tal "futebol arte", talvez tenha sido o de 1982, aquele time que não ganhou a Copa, quem sabe se também por motivos emocionais. Mas era inegavelmente um bom time. O de 2014 não era.

O Brasil vive só do nome. Não tem, há tempos, uma seleção verdadeira. Tem um que outro talento individual, mas não tem um plano, não tem um jogo coletivo, não tem nada a não ser o pensamento mágico de que "somos os melhores do mundo". Não somos, não. Não mais.

Lemos agora que a Alemanha preparou-se por 14 anos para esta Copa, desenvolvendo as suas categorias de base.

Nesse sentido, é claro, seleções como Espanha e Alemanha tem a vantagem de que seus jogadores jogam em times locais, e muitas vezes até no mesmo time. A seleção da Espanha que ganhou em 2010 era basicamente o time do Barça. O time alemão atual é pouco mais do que o Bayern de Munique.

Talvez o melhor plano para o Brasil tivesse sido, em vez de gastar bilhões em estádios, ter usado esse dinheiro para retirar os melhores jogadores brasileiros dos times europeus por, sei lá, um ano de licença, de forma a que tivessem dedicação exclusiva para a seleção. E colocá-los para jogar e treinar como nunca. Impossível, eu sei.

Isso tudo, é claro, não explica o 7 x 1. Nada explica. Nem a Zâmbia perderia de 7 x 1. Acho que foi, acima de tudo, pânico. Certamente a perda de Neymar na partida anterior, bem como a ausência de Thiago Silva, foram sentidas bem fundo por um time inexperiente e, a bem da verdade, medíocre. Acho que aí faltou ter um jogador mais veterano em Copas para ser líder e acalmar os ânimos. Os alemães não hesitaram em colocar o Klose, que até superou o recorde de gols do Ronaldo.

Enfim, não foi bonito, e não sei se há muitas lições para se tirar disso tudo, a não ser aceitar com humildade que, no futebol como na construção de uma sociedade, raramente há milagres.



segunda-feira, 7 de julho de 2014

Gordofobia


Hoje fui na piscina e vi duas gordas enormes de biquini. Não nadavam, mas estavam na parte mais funda da piscina, segurando na borda e mexendo os pezinhos para se “exercitar” enquanto tagarelavam. Não creio que percam muito peso assim. Mergulhei e pude ver suas pernas gordas balançando desde o fundo. Fiquei imaginando que se estivéssemos no mar e eu fosse um tubarão, iria pensar, “Humm, que bocado mais apetitoso!”

Há muitos gordos mórbidos nos EUA, mas saiu a notícia este mês que o México acaba de superar os EUA na categoria de “país mais gordo do mundo.” Considerando que existem também muitos mexicanos nos EUA que estão, ahem, engordando as estatísticas americanas, temos o povo mexicano como o mais gordo de todos os povos. Genética ou cultura?


As gordas que vi na piscina eram brancas, de procedência desconhecida. Certamente o padrão alimentar americano ajuda a aumentar a gordura, em especial das classes baixas, mas há muitos brancos de classe média também. Acredito que parte disso é a cultura americana de comer muita porcaria, e em grande quantidade. As porções servidas nos restaurantes americanos são descomunais. Some-se a isso a cultura sedentária do americano médio, e temos a explicação. Porém, o que explica o México?


Ao contrário do que os fundamentalistas da genética acreditam, não pareceria que a genética tenha tanto a ver quanto o ambiente neste caso. A lista de países com maior número de gordos é bem curiosa, sem seguir um padrão muito definido: México, EUA, Síria, Venezuela, Iraque… O primeiro país europeu a aparecer, recém em 12, é a República Tcheca. A única coisa certa é que os países asiáticos não são gordos. O Japão é o último da lista, o país mais “magro” do mundo. Porém, tampouco aqui a genética parece dar a resposta definitiva, já que o menino de 4 anos mais gordo do mundo, ao menos até há pouco, era um pequeno chinês. Os melanésios, se é que contam como asiáticos, também tendem a ser gordos acima da média.


Qual o país mais “gordo” da Europa? Pela minha impressão do que vi, seria a Alemanha. Não tem gordos mórbidos, mas tem vários fofinhos e fofinhas, alimentados exclusivamente à base de cerveja, salsicha e batata. Porém, os italianos, que comem muita massa e pizza, raramente são muito gordos. Pavarotti é exceção. (Nota: por que os cantores de ópera são em muitos casos gordos? Neste caso, a genética pode ser explicação: um bom cantor lírico precisa ter uma larga caixa toráxica com pulmões descomunais, portanto as pessoas de corpo robusto são favorecidas). Os franceses, apesar de todos os quiches e suflês, tendem a ser magros. Espanhóis, gregos e escandinavos, acho que também.  

Outro mistério é o seguinte, porque as gordas são em geral consideradas pouco atraentes pela maioria dos homens? Afinal, do ponto de vista biológico, indicariam uma criatura bem-alimentada, com grandes glândulas mamárias otimais para alimentar a prole. No entanto, a gordura é para a maioria dos homens um fator de atração negativa quase tão grande quanto a nerdice nos homens é para as mulheres. 

Bem, de qualquer modo, nada temam, pois os progressistas já tem a solução. Segundo eles, os gordos estão sendo discriminados pelo “padrão ocidental patriarcal vigente” com seu “padrão de beleza meramente cultural promovido pela mídia”, e portanto os gordos estão se agilizando e criando suas próprias associações de direitos. Da próxima vez que você chamar alguém de gordinho ou gordinha, cuide-se, pois poderia estar comentendo um ato de discriminação gravíssimo, passível de processo e até de prisão.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

Povo asiático, povo superior?

O povo asiático é muito inteligente. Dizem que tem o QI médio mais alto do planeta, se não contarmos o judeu asquenazi como categoria à parte. É claro que QI não é tudo e talvez até seja super-valorizado em detrimento de outras qualidades, mas mesmo assim. Burros eles não são.

Gosto em especial do povo japonês. Eles são educados e fazem ótimos filmes de animação. Tenho menos admiração pela cultura chinesa, mas não nego que sejam certamente um povo de inteligência e cultura milenar.

Pois bem, os asiáticos estão lentamente dominando a costa oeste americana e canadense. Não em termos numéricos, é certo (esse troféu pertence aos mexicanos), porém aparecem em números cada vez mais expressivos nas estatísticas do ensino superior e no quadro funcional das empresas do vale do silício como Google e Facebook. Embora o que tenha chamado a atenção da mídia tenha sido a escassa participação de negros e latinos, ninguém mencionou que os asiáticos estão super-representados, formando quase 35% do total de empregados. E em algumas importantes universidades da costa oeste americana, os asiáticos já são mais de 50% dos estudantes.

Cultura exemplar, muito legal, etc e tal. 

Uma coisa, no entanto, me intriga. Os asiáticos, e em especial os chineses (nota: nunca vi nada de semelhante nos japoneses, que por sinal amam os gatos), tendem a ser cruéis e insensíveis com os animais, e às vezes, até com as crianças.

Com os animais, bem, eu nem falo do hábito de comer cachorro ou outros animais que para nós são domésticos, mas da tendência em alguns casos de comer animais vivos ou recém-mortos, ou até de excitar-se com seu sofrimento. Também não vou falar do hábito de caçar impiedosamente os rinocerontes para fazer com seu chifre uma poção erótica de efeito duvidoso. Mas o que dizer, por exemplo, dos vídeos de crush? (Atenção, imagens fortes). Tais barbaridades parecem ocorrer em especial na China e Coréia, mas também houve algumas Filipinas envolvidas. E como explicar os cachorros perdidos mortos a pauladas em público, em vez de serem levados a um canil? 

Quanto às crianças, bem, o vídeo da criança morta numa fábrica da China sem que ninguém desse bola foi viral há um tempo atrás, mas nem é disso que falo: mas sim do tradicional hábito supostamente asiático de ser ultra-exigente com as crianças e forçá-las a estudar matemática e praticar violino oito horas por dia, como a famigerada "Tiger Mom" Amy Chua. Pode ser que o método tenha sua valia, mas, considerando que inteligência e talento tem em grande parte origem genética, parece uma crueldade inútil. Afinal, a maioria dos pianistas famosos começou muito cedo quando criança, mas, quase sempre, por interesse próprio, e já demonstrando grande talento desde o início (Aliás, outra curiosidade interessante: os maiores compositores musicais da história são certamente os germânicos, com segundo lugar para os italianos, mas a maioria dos melhores pianistas são judeus ou eslavos; ultimamente tem surgido músicos asiáticos bons, mas parecem preferir o violino e outros instrumentos de corda). E, além disso, a criança também deveria ter o tempo de brincar e desenvolver a sua criatividade, não?    

Enfim, apenas um post besta, pensando no que acontecerá quando os EUA forem de vez para a cucuia com seu multiculturalismo, e a China se tornar a principal potência mundial.