segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sobre homens, mulheres e a Copa

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Acredito que a Copa do Mundo esteja sendo um sucesso no Brasil. Nunca duvidei. Nunca achei que o Brasil fosse tão ruim a ponto de não ser capaz de sediar um evento de porte internacional. Alguns reclamam da corrupção e do desvio de dinheiro, o que é lamentavelmente verdade, porém, isso não é prerrogativa exclusiva do Brasil. Dos EUA à China tem muita corrupção também, e a própria FIFA é provavelmente uma das entidades mais corruptas do mundo.  

Outros falam que se o Brasil ganhar pode ajudar a reeleger a Dilma, mas esse risco hediondo existe com Copa ou sem Copa. E, depois, se for pela qualidade do time quem deve ganhar mesmo é Holanda ou Alemanha. 

Outros dizem, "o dinheiro da Copa poderia ter sido usado para educação e saúde". Será? Primeiro que duvido que fosse mesmo, no máximo iria igualmente parar no bolso de algum político, e, segundo, sou bem cético de que investimentos em "saúde" e "educação" resolvam alguma coisa no Brasil. A educação não é a panacéia que muitos acham que seja e, quanto à saúde, o mais saudável para o Brasil seria provavelmente uma boa campanha de planejamento familiar. 

O maior problema do Brasil é mesmo o da violência urbana. Uma coisa, até tolerável, é você ter um povo pobre, burro e inculto que gosta de novela e funk; outra bem diferente é ter um grande número de pessoas violentas e cruéis. O Brasil não é um país de todo ruim para se viver, nem os países estrangeiros são aquela maravilha toda. Canadá e Suécia podem ter instituições melhores, mas são frios para cacete, e, além disso, lá vocêr não passa de mais um cucaracha a ser explorado pela elite. Se o problema da violência urbana pudesse ser resolvido, acredito que grande parte dos brasileiros morando no exterior retornaria a seu país. Porém, na verdade o problema da violência está ligado mesmo ao problema das drogas, já que 90% dos assaltantes estão drogados e usam o que foi roubado para comprar "pedra", e os que não estão trabalham para o tráfico.

Mas estou me distraindo, pois não era nada disso que eu queria falar. Eu queria falar de algumas matérias que saíram recentemente na mídia brasileira, sobre garotas brasileiras excitadas com a presença de vários torcedores europeus e australianos, e o ressentimento que isso está causando nos machos locais. De fato, alguns até tentaram se passar por estrangeiros para conseguir mulher.

Bem, a excitação das moças é compreensível, eu também ficaria se o Brasil sediasse um encontro de patinação artística no gelo e o país fosse invadido por multidões de mulheres escandinavas a fim de se divertir. 

Cada um que faça o que quer e eu nada tenho com isso. O que eu achei engraçado apenas é que a defesa das mulheres, quando criticadas, é aquela velha que "o homem quando come muitas é garanhão, mas a mulher quando dá para muitos é vadia", como se houvesse medidas diferentes para homem e para mulher. De fato, existem medidas diferentes, mas não é por injustiça. 

Quem controla o acesso ao sexo é a mulher.  A mulher apenas escolhe entre os diversos pretendentes. Quanto mais atraente a mulher, mais fácil seu acesso ao sexo, afinal terá zilhões de homens atrás. Porém, mesmo uma moça menos atraente pode facilmente obter sexo se assim quiser, afinal o homem tende a ser bem menos exigente em termos de sexo do que a mulher.  Se não tem a gostosa, vai a gordinha mesmo.

(Alguém observou uma coisa curiosa, não sei se é verdade: que o homem tende a ser pouco exigente para a farra ou o sexo de uma noite só, e mais exigente com a moça com quem vai namorar ou casar; já a mulher é o contrário, extremamente exigente com aquele para quem vai dar na balada, mas menos exigente com quem termina casando).

De qualquer modo, para a mulher, a não ser que seja muito gorda ou velha ou exigente, conseguir sexo é portanto muito fácil, ainda mais se se tratam de estrangeiros enlouquecidos com a fama da “mulher sexy brasileira”. Já o homem, para conseguir uma noite de sexo que seja, tem que lutar contra feras e dragões. Portanto, há um certo legítimo mérito no “garanhão”, que teve que suar a camisinha para conseguir várias mulheres (*) enquanto que a mulher que deu para todos, apenas abaixou o seu preço.

(*) Na verdade, isto também é relativamente falso, já que há alguns homens que, seja pela beleza, pela riqueza ou pela fama, não precisam fazer esforço algum para conseguir mulher, pois estas se atirarão sobre ele sem dó.

Em resumo, é uma questão de oferta e demanda, e, na verdade, quem mais hostiliza as mulheres “vadias” não são os homens, mas as outras mulheres, afinal trata-se de uma forma de “concorrência desleal”. Homem não oprime mulher por ser vadia, aliás, é discutível que o homem "oprima" de qualquer forma a mulher (Aqui uma boa entrevista com, quem diria, um historiador militar falando sobre isso). 

De qualquer modo, não culpo as jovens que estão se divertindo com estrangeiros, apenas seguem seu instinto. E viva a Copa do Mundo no Brasil.



segunda-feira, 16 de junho de 2014

Morte por Facebook

Até onde você iria para obter "curtidas" no Facebook? 

Um caso bastante curioso e até horrendo tem chamado a atenção da mídia americana. Ou melhor, na verdade não tem chamado tanta atenção assim, tanto que fiquei sabendo só recentemente por acaso. Mas é uma história que deveria chamar a atenção, pois nos faria questionar vários aspectos da nossa vida moderna, e em especial o uso das tais mídias sociais. 

Em resumo: uma moça, mãe solteira de 26 anos, postava as fotos de seu pequeno filho doente no Facebook e em seu blog pessoal, ganhando a simpatia e as preces de milhares de pessoas. Era foto atrás de foto, até quando o filho já estava em coma. A criança finalmente morreu aos cinco anos de idade.

Pouco depois, descobriram que a criança, na verdade, não tinha doença nenhuma: era a mãe, ex-enfermeira, quem estava lentamente envenenando a criança com doses maciças de sódio, assimilado por via intra-venosa.

O que emerge então é o retrato de uma mulher desequilibrada e mentirosa compulsiva, disposta a tudo para chamar a atenção. De acordo com a reportagem, ela sofreria de "síndrome de Munchausen",  pessoas que machucam a si mesmos ou a outros com o intuito de despertar pena ou simpatia.

Tudo começou antes do nascimento de seu filho: a moça publicava suas fotos com uma criança que dizia ser seu próprio filho. Mentira: era apenas o filho de uma vizinha, de quem ela às vezes cuidava.

Depois, a moça engravidou. Publicou um post dizendo que o pai da criança havia morrido tragicamente. Nova mentira: o pai estava vivo, e ela mentira também a ele, dizendo que a criança não era filho dele, mais de um outro.

O filho, de fato, parece ter sido gerado apenas como um apetrecho para que a mãe pudesse obter atenção. Desde o nascimento até os cinco anos de idade, o pobre Garnett era constantemente fotografado e mostrado no Twitter, Facebook e Blogger, dando à sua mãe a atenção que ela tanto queria.

A exposição à mídia social tornou-se um vício. Depois de um tempo, só mostrar fotos do filho brincando não foi mais suficiente. As curtidas começaram a escassear, e a mãe tomou uma decisão radical: fazer passar o filho por doente. Isso certamente garantiria maior atenção. E, de fato, foi o que aconteceu por um tempo. Porém, o comportamento obsessivo da mãe começou a gerar suspeitas. Nem no hospital, com o filho à beira da morte, ela parava de tirar fotos da criança.

Descobriu-se depois em sua casa uma bolsa com água e sal, comprovando que a mãe estaria envenenando a criança com sal e água através de um tubo.

O mais monstruoso: no hospital, em seus últimos dias, o filho reclamava de constante sede, e a mãe dava a ele água de uma garrafinha que ela mesma trouxera. Suspeita-se que a água também continha sódio.

Enfim, se for realmente verdade, trata-se do caso de uma doente mental que não nos deve levar a conclusões definitivas sobre as mídias sociais. Porém, é fato que a dependência excessiva a essa forma de exposição pública está causando muitos transtornos. Eu jamais gostei dessas pessoas que postam cada instante da vida de seus filhos online. Para quê? A quem interessa isso? E será que essa exposição toda é boa para a criança?

Os pais que colocam vídeos "engraçadinhos" de seus filhos no Youtube também, me parece, deveriam sofrer recriminação. Um filho não é um gato para ser exibido assim publicamente para que os outros façam piada.

A tecnologia moderna tem suas vantagens, é verdade. Mas também tem seu lado escuro. Onde será que isto vai nos levar? 

P. S. Naturalmente, não dá para colocar a culpa de tudo nas mídias sociais. Embora estas estimulem o mau comportamento de algumas pessoas doentes, é possível que esta desvairada tivesse feito mal a seu filho com ou sem mídia social. Eis o caso de Marybeth Tinning, que matou não um, não dois, mas nove de seus filhos biológicos ao longo dos anos, e sempre com a desculpa de doenças ou acidentes. Afinal, quem iria suspeitar de uma mãe? De todas as formas de assassinato, a de uma mãe que mata seus próprios filhos pequenos nos parece a mais anti-natural, a que vai mais contra os instintos mais básicos. Mas é, na verdade, relativamente comum.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

A humanidade pós-humana

A executiva mulher mais bem-paga dos EUA (38 milhões de dólares por ano) é um homem. Ou melhor, um transsexual, para maior bônus multicultural, casado/a com uma mulher negra. Antes da "mudança de sexo", que não sei se incluiu ou não o corte do pênis, eles tiveram quatro filhos, um deles chamado Jenesis, com J mesmo. Acho que é menina, mas não tenho certeza. Um outro de seus filhos é candidato a senador.  É meio parecido com o Obama; talvez vire presidente um dia.

Martine (nascido Martin), além de ser CEO de uma empresa farmacêutica e militante em favor do transsexualismo, tem interesse na robótica e quer criar uma sociedade pós-humana, na qual os cérebros de seres humanos seriam escaneados e copiados para máquinas e robôs, permitindo a "vida eterna". Ele/a quer criar também uma "transreligião". Não sei bem o que é, mas seus lemas são "Eternidade Prazeirosa", "Unidade na Diversidade" e "A Beleza da Vida". 


Se você achava que as mudanças do mundo paravam em "casamento gay", prepare-se, pois vem muito mais por aí.

Talvez o sonho da elite seja o de construir uma raça "pós-humana", na qual todas as diferenças antes existentes (entre raças, entre preferências sexuais, entre homem e mulher, entre o parto natural e o artificial, entre a família biológica e a família de dois gays com bebê de barriga alugada,  entre o ser humano e a máquina) são eliminadas através de processos sociais e tecnológicos. Alguns desses processos estão acontecendo hoje, agora, em especial nos Estados Unidos da América, e no chamado Vale do Silício em especial.  

O que para alguns é sonho, para outros é pesadelo.

Eu, pessoalmente, talvez por ter lido muita ficção científica quando adolescente e saber que quase nenhuma utopia termina bem, fico quase feliz que provavelmente não vou estar mais aí para ver esse "admirável mundo novo" (por sinal, parcialmente previsto por Huxley) que vem aí.

Vocês que são jovens e inocentes, divirtam-se.