quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O futuro a Deus pertence

Provavelmente não poderei postar por algum tempo, dias, semanas, meses ou quem sabe anos, depende, mas algumas mudanças impensadas estão ocorrendo na minha vida, então queria deixar vocês aqui com um texto cheio de conjeturas e reflexões que vão dar bastante pano para a manga, enquanto eu decido o que fazer.

Não tenho dado tanta atenção ao Olavo de Carvalho ultimamente, mas vejo que ele continua sendo um dos poucos colunistas brasileiros que ainda falam de coisas sérias. Aqui ele fala sobre os planos da elite global.

Segundo Olavão, existem três projetos globalizantes concorrentes: a elite globalista socialista fabiana, o Islã e o projeto russo-chinês.

Bem, eu não sei qual seria a do projeto russo-chinês. China e Rússia são certamente tradicionais oponentes do eixo Europa-EUA, e nem que fosse apenas pelo seu tamanho teriam importância. Mas não me parece que suas ambições sejam globais, pois no máximo imagino que poderão controlar Ásia e Europa do leste. (Se bem que os EUA devem tanto dinheiro à China, que talvez...)

O Islã, eu achava que tinha só uma chance em um milhão de voltar à antiga glória expansionista, afinal hoje em dia a maioria dos países islâmicos são atrasados e desgraçados. Porém, o Islã tem a seu favor a demografia e a imigração, bem como a dedicação fanática de milhões de aderentes. Isso não deve ser subestimado. Se as coisas continuarem como estão, em cinqüenta anos poderão dominar ao menos alguns países europeus. E a Turquia, berço do Império Otomano, continua bastante fortinha e com população enorme. Se entrarem na União Européia, o jogo está feito.   

O projeto globalista é de longe o mais ambicioso - e o mais insano. Está em alto estado de implantação. Seus objetivos, porém, são os mais obscuros, e os mais impossíveis. Um governo global? Muitos tentaram isso, e faliram miseravelmente. Cada vez mais, este parece um projeto autodestrutivo, uma bomba-relógio dedicada a destruir mais do que a construir. Mas e, se, na verdade, o objetivo fosse outro? Se eles são assim tão espertos, devem pensar a nível de séculos, não de meras décadas, e não costumam deixar ponta sem nó. É possível que também o ressurgimento do nacionalismo, do racialismo e da engenharia genética tenham sido calculados cuidadosamente por eles, e façam parte do Grande Plano.

Por outro lado, às vezes eu penso que a elite é na verdade burra, incompetente, e que não tem plano de porcaria nenhuma. Talvez eles até realmente acreditem nessa bobagem de socialismo e multiculturalismo! Por exemplo, no outro dia, jovens franceses ocuparam uma mesquita em construção, em boa forma de protesto, pacífica e chamativa, homenageando Charles Martel. Porém, as elites governamentais da França e os grupos muçulmanos surtaram. Chamaram os jovens de "extremistas de direita". Eu acho que eles não sabem até que ponto as coisas podem ir, ignorar a força do nacionalismo é perigoso: Breivik, o assassino norueguês, tinha planos de usar armas químicas, nucleares e biológicas contra islâmicos e esquerdistas. E eles surtam com ocupação pacífica de mesquita e pedido de referendo? Ué, eles esperavam o quê, que as pessoas aceitassem cantando e dançando a presença de milhões de estranhos, de uma religião tradicionalmente inimiga, em seu solo para sempre?!?  

Onde iremos parar? O que realmente está acontecendo? Discutam entre vocês. Eu, sumirei por uns tempos! Até mais!


O Cristianismo diminuiu o crime na Europa?

Um interessante artigo parece indicar que sim, o Cristianismo tornou as sociedades européias e o homem europeu menos violento.

Não tenho muito tempo para elaborar, mas o que artigo original indica é que antigamente existiam muitas mortes violentas na Europa antiga, como sabe qualquer um que assistiu Conan o Bárbaro, e mesmo durante a Idade Média havia um mínimo de 30 assassinatos para cada 100.000 pessoas (mais ou menos como no Rio de Janeiro de hoje, mas sem armas de fogo). Como o Cristianismo mudou isso?

Bem, além das possíveis explicações religiosas (Jesus salva), existem as explicações científicas: primeiro, o Cristianismo ajudou a terminar com as vinganças pessoais e familiares, instituindo a punição estatal aos infratores (não foi criação do cristianismo em si, mas o cristianismo proporcionou o código de conduta moral) e o prêmio aos melhor comportados. Com o tempo, houve uma seleção dos genes que promoviam valores cristãos enquanto os maus não deixavam descendència.

A outra forma na qual o Cristianismo ajudou foi com a proibição do casamento entre primos pela Igreja Católica após a queda do Império Romano. Além de reduzir doenças genéticas, o fim do casamento entre primos gerou uma sociedade com menos violência, devido ao fim de clãs familiares eternamente vingativos entre si. Não por acaso, o casamento entre primos ainda é muito comum no Islã.

Enfim, achei interessante, mas seria necessário um estudo mais aprofundado a respeito. Não explica-se como as sociedades asiáticas se tornaram menos violentas (samurais, ninjas, etc.).


Para onde vai o homem branco?

Este vai ser provavelmente o último post que faço sobre raça (o tema parece conduzir ao bitolamento). Segundo recentes estudos, apenas 27% das criancinhas californianas são brancas. A grande maioria são de origem latina, isto é, mestiços hispano-ameríndios mexicanos (51%). Criancinhas negras são apenas 6% (os mexicanos afastam os negros?), o que é compensado pelo aumento de asiáticos, indianos, etc. Em todos os EUA, o número de crianças brancas está diminuindo proporcionalmente em relação à população total. Crianças são o futuro, certo?

Na Europa, os muçulmanos e outros imigrantes "escurinhos" ainda são minoria (não chegam a 10%), mas têm uma fertilidade maior do que os brancos nativos, continuam imigrando a mil, e é provável que repitam o que já ocorreu nos EUA. Alguns dizem que "não devemos nos alarmar", mas, ora, alguém nos anos 50 imaginaria que os EUA teriam maioria não-branca em poucas décadas? Na Inglaterra, uma em cada seis crianças em idade escolar já não tem o inglês como primeira língua. Eu já disse que as crianças são o futuro?

Situação difícil

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O tempo dos assassinos

Um post relacionado com o anterior, ou não. Um leitor anônimo informa que a polícia grega, infiltrada por neonazis, estaria descendo o pau nos esquerdinhas, inclusive realizando torturas na prisão. A notícia não me alegra.

Também vejo com certa suspeita o crescimento de movimentos de extrema-direita como Aurora Dourada, o Jobbik na Hungria, e alguns outros grupos, alguns que pregam a violência, pipocando aqui e ali.

Talvez seja uma questão de temperamento, mas, embora sendo a favor de um moderado ressurgir do nacionalismo étnico e do fim imediato da União Eurábica multicultista e dos Estados Unidos do México Norte, não gosto de nenhum autoritarismo ou violência. Gostaria que as coisas pudessem ser resolvidas de forma racional. Porém, não é provavelmente o que vai acontecer.

O fato é que a direita (ou o nacionalismo, que é quase a mesma coisa, ou parte dela) também foi responsável por grandes doses de violência, maldade, mentiras e guerras na História. Nenhum lado é santo; são apenas duas forças opostas, o progressismo transnacional e o etnonacionalismo. Estão fadadas a colidir. E quanto mais avança uma, mais forte é a reação da outra. A História é um pêndulo que deixa cadáveres em cada ida e volta. 

Outra, similar mas oposta. Os esquerdistas criticam a "colonização", mas a verdade é que o que está ocorrendo hoje em dia, em parte graças a eles, é também uma colonização. Os europeus, afinal, também foram para a América para "trabalhar e mudar de vida", assim como fazem os imigrantes hodiernos. E, assim como os homens brancos despojaram os índios de seus territórios, hoje mestiços de indígenas e negros com brancos (os descendentes de colonizados, escravos e colonizadores!) e norte-africanos migram para colonizar terras da América e da Europa. 

Porém, tudo o que vai, volta. Várias forças opostas estão prestes a colidir por todo o planeta. No Oriente Médio, entre religiões inimigas. Na Europa, entre os muçulmanos e os nativos. Nos EUA, entre as diversas minorias que formam uma cada vez mais esfacelada América. Mesmo na Ásia, além das duas Coréias, agora China e Japão voltaram a se estranhar. Ao contrário da utopia global, tudo parece apontar para um ressurgimento do nacionalismo mais belicoso.

O que acontecerá? Não sabemos, mas, a julgar pela História, não vai ser bonito.

(Espero até então ter terminado de construir o meu bunker secreto, repleto de armas, roupas anti-radioativas, e o melhor vinho que o dinheiro pode comprar.)



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Democracia em crise?

Será que a democracia moderna já deu o que tinha que dar? Não sei, as vezes me pergunto. Vendo os programas eleitorais no Youtube e acompanhando as eleições via Facebook, acho um espetáculo bizarro e algo deprimente. Achei bacana este clipe aqui, que um grupo de estudantes gaúchos fez. Representa mesmo o que viraram as campanhas políticas hoje em dia: processos vazio de conteúdo, reduzidos a pura forma, no qual um candidato vale o outro. 

É claro, a maioria de meus "amigos" no FB são de esquerda e votam no Obama ou nos candidatos do PT. Já o povo procura o novo Tiririca ou Wolverine. De qualquer modo, mesmo nos candidatos de direita não levo fé, até na tal extrema-direita européia são toscos e demagógicos. Acho que há algo de vulgar nos movimentos de massa...

E o comentário político? Custa a achar alguém que escreva de forma inteligente. Por exemplo, segundo a "filósofa" Marilena Chatui, que enlouqueceu e esqueceram de internar, Russomano simbolizava “a forma mais deletéria do populismo, porque é o populismo de extrema direita” de uma cidade “conservadora, excludente e violenta”, enquanto Serra encarnaria “um dos elementos de selvageria e barbárie do estado e da cidade de São Paulo.” Tá bom... 

Nos EUA, a mesma discussão idiota e debates inúteis. Romney está sendo criticado pela mídia por um comentário totalmente inofensivo sobre mulheres no mercado de trabalho. A pergunta aos candidatos, feita por uma "eleitora indecisa" (como é que alguém pode estar indeciso entre Obama e Romney, dois candidatos tão diferentes?), era o que cada um faria para "retificar o fato de que as mulheres ganham em média apenas 72% do salário dos homens". Romney recordou um episódio de sua carreira no qual requisitou catálogos de mulheres para empregar em sua companhia. Minha resposta seria bem mais simples: "NADA." Não é trabalho do governo equiparar o salário de ninguém.

O fato é que já foi insistentemente provado (e difundido até pelo esquerdista New York Times) que as mulheres ganham ligeiramente menos do que os homens (e não na proporção de 72%) por uma mera questão de mercado: a) dedicam-se em média a atividades menos lucrativas; b) são menos eficientes em algumas ocupações (mas talvez mais em outras); c) muitas tendem a abandonar o emprego ou dedicar menos tempo a este quando formam uma família. Feministas adoram reclamar, mas o fato é que mais de um estudo já apontou que 75% das mulheres prefeririam poder só ser donas de casa e ficar cuidando das crianças.

Alexis de Tocqueville famosamente escreveu sobre os riscos da democracia, de evoluir para um despotismo burocrático ou para uma tirania da maioria. Vemos claramente esse fenômeno hoje em dia, com o Estado de dependência social, a imigração importando votantes e a censura do politicamente correto. De qualquer modo, é possível que o sistema ainda dure nos EUA, onde apesar de tudo ainda resiste.

Na Europa, não lhe dou cem anos (talvez nem 50). Acho que antes do fim desse período vai acontecer, ou uma volta de regimes autoritários (sejam socialistas de esquerda, sejam nacionalistas de direita), ou então os muçulmanos vão eventualmente dominar demograficamente e tomar conta na forma de pequenos califados.

Na América Latina, bem, somos meros papagaios do que rola alhures, mas o mais provável é que voltemos a sistemas com caudilhos autoritários populistas disfarçados de democratas: a Venezuela já voltou, a Argentina parece estar voltando, e acho que o Lula está preparando o seu bote para 2014.  

Democracia às vezes é ruim, mas o que está por vir pode ser ainda pior. Seja o que Deus quiser!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nivelando por baixo

Na Suécia, a cozinheira de uma escola pode ser obrigada a preparar uma comida de pior qualidade. O fato é que seus lanches eram tão gostosos que teriam colocado as outras escolas em desvantagem. "Injustiça!", gritaram os suecos.

Como na Suécia Socialista a competição é muito mal vista (*), em nome da igualdade geral todos terão que ser obrigados a comer uma comidinha mais insossa. A cozinheira não poderá mais assar o próprio pão fresco como costumava, mas deverá comprá-lo já pronto no supermercado, como fazem todos os outros nas outra escolas, e a variedade do bufê de vegetais será cortada pela metade, para adequar-se ao menu oficial aprovado pela Secretaria de Educação.

(Eu sugeriria, para ainda maior igualdade, que os lanches de todas as escolas suecas sejam colocados em um liquidificador gigante até serem transformados em uma papa homogênea, e apenas então distribuídos às crianças. Todos finalmente iguais!)

Esta história, embora não tão grave como outras que vemos e ouvimos, demonstra de forma perfeita a insanidade igualitária que tomou conta do Ocidente, e que se continuar nesse ritmo nos levará à ruína. Como é impossível que tudos tenham tudo do bom e do melhor, a tendência será sempre a de igualar todos rumo a um mínimo denominador comum: nivelar por baixo.

Quando Kurt Vonnegut escreveu "Harrison Bergeron" nos anos 50, um belo conto sobre uma sociedade na qual os mais bonitos ou talentosos são penalizados para não se destacarem acima da média, ele provavelmente não sabia que estava sendo tão profético...

Vejo essa nivelação por baixo em quase todos os aspectos da sociedade. Por exemplo, as pessoas hoje, seja de que classe forem, se vestem cada vez pior. A tendência é todos usarem jeans e camiseta ou outras roupas bem informais. Claro, os ricos continuam se destacando usando um jeans da moda que custa 800 dólares e uma camiseta de marca que custa 400, além de uma bolsa que custa 3.000, mas são diferenças sutis. O fenômeno da tatuagens, que antes servia para identificar marginais e rednecks, hoje universalizou-se até para as classes mais elevadas (mas ainda há diferença, com os pobres tatuando dragões gigantes e os classe média símbolos mais discretos). 

E a música pop atual? Acredito que faça parte do mesmo fenômeno de nivelação por baixo. No outro dia, assisti a um vídeo clipe no Youtube que me deixou prostrado, triste, indiferente a tudo e a todos, já quase não me importando se o Ocidente acabar ou não.

A canção, se é que podemos chamar assim, é "Stupid Hoe" (Puta Estúpida), de uma certa Nicki Minaj. Eu achava que o auge da decadência ocidental e da extravagância do pop atual tinha sido Lady Gaga, mas estava enganado. Sempre há o que piorar.

Se eu fosse malvado, pediria aos leitores que assistam ao vídeo até o fim. (Não vou pedir, cliquem apenas se tiverem coragem.) Em vez de música, há cacofonia. Em vez de uma voz cantando, há uma voz gritando e estrilando. O vídeo em si parece querer propositalmente causar epilepsia. E a letra, bem, além de extremamente vulgar, não faz sentido algum. O refrão, que talvez seja autobiográfico, é: "puta estúpida, puta estúpida, puta estúpida!"  

Alguns dirão que a culpa é da moça ser negra. Discordo. Perto dela, Louis Armstrong é Caruso e Thelonius Monk é Mozart. A verdade é que eu gosto de várias coisas da música negra americana, em especial dos anos trinta aos cinqüenta. A discussão, neste caso, tem mais a ver com a decadência da música pop e do Ocidente em si. (Madonna e Lady Gaga são brancas, e são tão patéticas quanto.)

Acredito que tenha a ver com o fato de que antes todos, até mesmo os negros, se miravam nos exemplos de arte superior que era produzida, e tentavam emular isso, inclusive na aparência. Hoje, já não há qualquer critério de qualidade ou mesmo interesse nela, o que explica o rap nos EUA e o funk no Brasil.

No mais, é claro que o discurso igualitário vale para alguns mas não para outros, afinal os ricos e os políticos, mesmo na Suécia, certamente continuarão comendo do bom e do melhor. Uma das ironias da "era igualitária" é que esse discurso vem sendo promovido com cada vez maior insistência desde os anos 60, mas nesse meio-tempo a desigualdade só cresceu, cada vez mais. E os maiores igualitaristas são aqueles que menos perdem com o igualitarismo, quer dizer, como dizia Orwell, todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Eu, pessoalmente, gostaria de mandar todos esses igualitaristas ricos para morarem em Cuba ou na Venezuela! Afinal, é claro que igualdade no dos outros é mero refresco...

(*) A Suécia gosta tanto de igualdade que tem até um Ministro da Igualdade (Jämställdhetsminister). Naturalmente, não poderia ser um sueco nativo, portanto é uma africana nascida no Burundi, com um pai cristão e uma mãe muçulmana, para bem do povo e felicidade geral da nação. A verdade é que os povos nórdicos e especialmente escandinavos tem forte tendência igualitarista, e foram os alemães que inventaram o atual welfare state, com o Bismarck. Então, que se danem. E nós, que seguimos a onda, também.

Os suecos gostam de igualdade. E você vai gostar também.

sábado, 6 de outubro de 2012

Os falsos deuses do progressismo

Muita gente, eu incluído, se pergunta: se o "progressismo" é tão ruim e está acabando com o pouco que resta do Ocidente, porque tantos seguem essa ideologia?

Alguns acreditem que se trate de mera "lavagem cerebral" imposta contra a vontade, mas eu não acho. Temos que admitir que, se tantas pessoas seguem uma idéia, é porque acreditam naquilo como algo bom, e talvez o progressismo  seja meramente uma forma deturpada de coisas que, em menor escala, são mesmo boas.

Por exemplo, a caridade, ajudar o pobres e os desvalidos, não é um mal. Mas daí a transformar isso na escravidão dos trabalhadores frente aos desocupados, na "redistribuição de renda" dos que têm para os que não tem, vai uma longa distância. A caridade é (e sempre deve ser) voluntária, se não não é caridade, mas roubo.

A tolerância com os desconhecidos também pode ser um bem. Aceitar que os povos têm costumes diferentes é a base para o convívio civilizado. Mas daí partir para a invasão forçada de países inteiros por hordas de culturas estranhas, e querer que o convidado seja quem manda na casa do hóspede em nome do "multiculturalismo", aí é demais. Se alguém está morando de favor na sua casa e começa a querer ditar as regras, você  logo vai encher a paciência, certo?

A liberdade individual também é uma coisa boa. Porém, quando desprovida de valores morais, quando não se aceitam nem mesmo os limites do bom senso, torna-se um vício. A liberdade, penso, deve ser guiada pela idéia básica de que existem escolhas boas e escolhas más, e que devemos tentar privilegiar as escolhas boas. Todos erramos, eu mais ainda, mas isso não quer dizer que certo e errado não existam e que tudo seja igualmente válido, como o progressismo quer nos fazer crer.  

A crença numa dignidade básica humana é também uma boa característica, que nos eleva além do tribalismo mais primário. Porém, isso não quer dizer que devemos ser ingênuos e achar que todo mundo é exatamente igual a todo mundo independente de como age, que bandido tem os mesmos (ou até mais) direitos que sua vítima, que quem mata e rouba deve deixar de ser punido.

A grande tragédia do progressismo é que deturpa bons valores, transformando-os em vícios destrutivos. São falsos deuses que nos levam à desgraça e à perdição.

"Cuidado com os falsos profetas, pois eles se apresentam a vós em peles de cordeiro, mas por dentro são ferozes lobos. Pelos seus frutos os conhecereis!"

O que fazer no lugar do welfare?

Todo mundo está cansado de saber que o "welfare state", ou estado de bem-estar social, ou mais especificamente o sistema que permite que alguns não trabalhem enquanto outros pagam a conta, está falindo, ainda mais com a imigração aumentando absurdamente o número de dependentes. Na Europa, nos EUA, onde for. Simplesmente o dinheiro está acabando. Não dá mais!

A questão é: o que fazer no lugar do welfare state

Charles Murray, autor de "A Curva do Sino", que já foi citado mais de uma vez aqui, certa vez sugeriu uma idéia radical. Ele disse: em vez de gastar tanto dinheiro na infra-estrutura que sustenta educação, saúde, bolsa-família, bolsa-telefone, bolsa-isto, bolsa-aquilo, façamos apenas o seguinte: acabamos com toda essa parafernália burocrática de assistência, e vamos dar dez mil dólares anuais para cada cidadão americano maior de 21. No fim das contas, sai mais barato do que o welfare, e cada um gasta o dinheiro como quiser.

A idéia não era ruim, mas, lamentavelmente, é impraticável. A verdade é que, assim como nem todos sabem ganhar dinheiro, nem todos sabem gastar dinheiro: alguns usarão o dinheiro sabiamente investindo em educação, casa, saúde, aposentadoria, enquanto outros gastarão tudo em cachaça, acessórios pros carros e tênis Nike. E aí, os pobres que gastaram mal seu dinheiro vão estar ainda mais pobres, e de novo vão estar precisando de ajuda...

O blogueiro Half-Sigma tem uma idéia parecida: esse negócio de querer dar educação e saúde para os pobres é, no fundo, coisa de progressista de classe alta. Não, vamos dar aos pobres o que eles realmente querem. Em vez de dar educação, comida saudável e trabalho, coisas nas quais a maioria deles no fundo não estão tão interessados, vamos dar tênis e roupa de marca, ingresso para show de funk, cerveja barata e comida do MacDonald's. No fim das contas, sairia bem mais barato, e no fundo eles não gastam o que recebem nessas coisas mesmo? Bastaria então apenas eliminar o intermediário (a burocracia estatal), reduzindo custos, e todos estariam felizes. Não gosto da idéia, pois não ensina bons valores, mas seria uma economia.

Outra solução que li por aí, aparentemente baseada no que ocorria no sistema comunista, é colocar os ex-dependentes estatais para trabalhar: recolhendo lixo, limpando graffitti, tirando erva daninha dos gramados públicos, e toda uma série de trabalhos que no mínimo melhorariam visualmente a cidade. Sou bem simpático a essa idéia, que seria ainda melhor se aliada a ensinamentos de moral cristã. O problema com ela é que, mesmo sendo um trabalho braçal relativamente simples, muitas dessas pessoas das camadas mais baixas não estariam preparadas, resultando que alguns iriam preferir o crime ou a vagabundagem, ou simplesmente não seriam tão eficientes no trabalho, então não daria certo, salvo que vivêssemos em um sistema de semi-escravidão, ou num estado autoritário ao modelo soviético.

Se tais pessoas não são capazes de realizar trabalhos úteis com eficiência, outra solução seria a de pagá-las para realizar trabalho inúteis.Tipo: em troca do pagamento de subsistência, eles teriam que fazer um trabalho sem utilidade prática, como cavar buracos e logo depois tapá-los (Half-Sigma sugere que sejam pagos para jogar videogame, mas eu discordo). Embora pareça uma coisa estúpida, acho que a idéia tem o seu gênio: a) ocupa o tempo dos marginais, reduzindo o crime (mãos ociosas são a oficina do Diabo); b) após oito horas cavando, os sujeitos estariam demasiado cansados para ficar fazendo baderna ou filhos, o que diminuiria o crime e a confusão nas cidades, além de reduzir a natalidade; c) o trabalho, ainda que sem utilidade prática direta, ao menos ensina valores e dá caráter; d) a vantagem de ser um trabalho inútil é que não importa se eles são ineficientes ou estúpidos: o importante apenas é ocupar o tempo e fazer com que valorizem o salário, obtido então em troca de trabalho duro e não da mera existência. Talvez seja uma solução.

Uma idéia mais radical seria a bolsa-esterilização, ou bolsa-sem-família: isto é, fazer o contrário do que faz o bolsa-família, e pagar aos pobres para que não tenham filhos. Alguns se escandalizam, mas, se for voluntária, qual o problema? A verdade é que hoje em dia os pobres têm mesmo muitos filhos, e os ricos, poucos, e, se não quisermos que no futuro todos sejam pobres, é melhor controlar isso mesmo. Essa idéia tem a vantagem de reduzir também o aborto, pois com a ligadura de trompas ou vasectomia não há a geração da criança.

A última opção? Bem, a última opção, e provavelmente a que acontecerá, é esperar que o sistema estoure, e aí, quando tudo for pro brejo, é cada um por si e salve-se quem puder.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O debate

A notícia destes dias foi o debate entre Romney e Obama. Confesso que assisti muito pouco e achei meio chato. Porém, minha impressão básica é que Romney se saiu melhor. Obama parecia cansado e sem convicção, longe da figura carismática de 2008. Romney, bem-apessoado, tranquilo, mostrou que está muito longe de ser o "monstro direitista" que é pintado pela mídia. Se formos avaliar apenas pela postura e linguagem corporal, Romney ganhou de goleada.

Quanto ao conteúdo, não posso avaliar, pois assisti apenas um pedaço. Parece que quase tudo se centrou na temática da economia e empregos. Curiosamente, a temática da imigração, diretamente relacionada com esse assunto, mal foi debatida. De qualquer modo, para a maioria dos comentaristas, Romney venceu.

Eu não sei se isso será suficiente, no entanto, para lhe dar a vitória. A verdade é que, em política como em tudo, as pessoas são muito mais movidas pela emoção e por pensamentos irracionais do que pelo debate lógico. Quem gosta de Obama continuará gostando e tratará de racionalizar a sua má performance no debate. Quem não gosta, continuará sem gostar.

Além disso, não esqueçamos que foi apenas o primeiro debate, e talvez faça parte da estratégia dar uma de bonzinho e calminho no começo. Certamente, nos dois próximos, e com uma pequena ajudinha de seus coordenadores de campanha, Obama vai mostrar as garras.

Curioso também que os candidatos não tenham mencionado os vídeos virais mais chamativos das últimas semanas: Obama poderia ter criticado o vídeo de Romney acusando 47% da população americana de ser dependente do Estado, e Romney poderia ter retrucado com a imagem da eleitora (na verdade, ativista) do Obamaphone.

Para quem não sabe, o segundo vídeo mostra uma mulher afirmando que Obama estaria dando telefones celulares de graça aos pobres. É verdade, mas o programa não começou com Obama, mas com Clinton (alguns dizem que foi mesmo com Reagan). Sobre isso, falarei em outro post, em breve. Até.


Duas mortes

Morreu Eric Hobsbawn e o mundo chora. Morreu Philip Rushton (quem?) e o mundo nem ficou sabendo. Nem a Wikipedia, normalmente tão atenta, percebeu.

Eric Hobsbawn era um historiador marxista. Confesso que li pouco de suas obras. Acho que escrevia muito bem, o que explica parte do seu sucesso, embora seu ponto de vista estivesse comprometido com o comunismo, no qual não deixou de acreditar até o fim. Em uma entrevista de 1995, perguntaram a ele se achava que o sacrifício de vinte milhões de pessoas por Stalin teria sido válido se o comunismo tivesse dado certo. Sua resposta foi "sim".

Rushton era um professor canadense de psicologia quase desconhecido para quem não é da área. Escreveu um livro sobre raça e QI com alguns pontos interessantes. Porém, como o tema é tabu, foi chamado de racista, atacado com violência, teve seu livro censurado e quase foi demitido.

Não posso dizer que concorde com tudo o que ele diz (algun pontos no seu livro me pareceram meio fracos e sem comprovação), mas, no meu mundo ideal, tanto Hobsbawn quanto Rushton deveriam poder publicar seus estudos sem proibição e sem algazarra.

Talvez seja ingenuidade de minha parte, mas não vejo porque necessariamente estudos sobre a possibilidade de diferenças raciais tenham que transformar o sujeito num nazista selvagem. Eu acho que é uma questão científica válida e até bastante interessante, e que era a norma nos estudos antropológicos até há poucas décadas atrás. Talvez o estudo pudesse mesmo ajudar os mais desvalidos, em vez de dar lugar a uma fantomática "supremacia branca" (e porque não "supremacia asiática", já que os asiáticos do leste seriam em verdade, segundo o estudo, os que têm maior QI?).  

Bem. Na morte somos todos iguais. R.I.P.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

O discurso começa a cansar?

O blog do Sakamotinho continua com suas inanidades anti-paulistas e anti-classe média de sempre, mas chama a atenção que a maioria dos comentaristas já não traga as bobagens com o mesmo gosto. Neste post em particular, muitos antigos leitores reclamaram do blogueiro e até exigiram a sua retratação.

Noto o mesmo fenômeno na mídia americana, com maior presença de comentários cínicos ou sarcásticos contra a "sabedoria convencional", mesmo em portais da grande mídia.

Será que o discurso progressista está começando a cansar?

Será que a diferença entre a visão rósea progressista e a realidade cinza do dia a dia finalmente começa a ser grande demais? Será que os jovens, para contrariar seus pais, estão virando mais reaças? Ou será que na era da Internet as pessoas estão descobrindo que "the truth is out there"?

Ou será que é o contrário, que a vitória do progressismo é já tão completa, tão acachapante, que eles nem precisam disfarçar mais e podem até se dar ao luxo de deixar manifestar os descontentes?  Como disse certa vez Nikita Kruschev, "Nós enterraremos vocês. Seus filhos serão Comunistas. Vocês não aceitarão o Comunismo diretamente; mas nós continuaremos dando-lhes pequenas doses de Comunismo até que vocês um dia acordarão e descobrirão que já são Comunistas. Não precisaremos nem lutar."

Minha impressão é que as duas coisas estão acontecendo. Por um lado, Nikita estava certo: os esquerdistas venceram a guerra cultural e "tá tudo dominado." Ao mesmo tempo, o sistema ficou tão corrupto, as promessas de igualdade e felicidade deram tão errado para a maioria das pessoas, e ficou tão evidente que "alguns são sempre mais iguais do que outros", que a muitos não resta mais do que o cinismo. Acho que a tendência é rumo a um conflito cada vez maior entre aqueles que ainda acreditam no esquerdismo e os que não.

Será? Não tenho tempo ou paciência para elaborar agora, eu também estou cansado de repetir os mesmos discursos, mas podem discutir entre vocês.

I'll be back. Maybe.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Próxima parada: incesto

O diretor Nick Cassavetes, filho do lendário John Cassavetes, fez um filme sobre incesto: uma irmã e um irmão que se "apaixonam". Em uma entrevista ele diz uma coisa curiosa: "Se você não tem filhos, o que importa? Ame quem você quiser. Não é isso o que dizemos sobre o casamento gay, ame quem você quiser? Se é seu irmão ou sua irmã é bem esquisito, mas no fundo, vocês não estão machucando ninguém a não ser aqueles que se escandalizam pelo fato de vocês se amarem".

Não conheço os filmes do Nick; acho que vi um ou dos dos filmes do seu pai. De qualquer modo isso nem é novidade. O Brasil, que em termos de cinema escroto está sempre na vanguarda, já fez um filme sobre incesto que foi até mais além: era incesto gay entre dois irmãos. Tudo, segundo o diretor, mostrado de "forma positiva".

Na verdade, nada disso é sequer novo, pois o francês Louis Malle, já nos anos 60, tinha feito um filme sobre incesto, "Sopro no Coração". Querem saber? Gosto do filme, acho que o tema foi tratado com delicadeza. (Ou talvez seja apenas saudade da França daquela época, quando todos eram brancos franceses e não se viam burcas na rua...)

No mais, acho que o problema não são os filmes em si, que serão vistos por pouca gente, mas o raciocínio de Nick, que está sendo cada vez mais adotado por todos: se casamento gay pode, então pode também qualquer coisa. Quer dizer, tudo vale, desde que seja "consensual".

De fato, ele está certo: se a única coisa que conta é ser "consensual", se Deus não existe e tudo é permitido, então, não existe motivo para qualquer regra moral que vá além do gosto do indivíduo: eu quero e não incomodo diretamente ninguém, portanto eu posso. A mesma coisa, aliás, foi alegada em um caso de incesto entre irmãos no mundo real. (A lei negou-lhes o direito de conviver, mas apenas pelo motivo de que a irmã-amante apresentava problemas mentais e portanto era legalmente incapaz de ter um total consenso).

Por essa mesma lógica de vale-tudo, o canibal alemão que devorou sua vítima seria também "moral", pois tratou-se de um ato consensual entre os dois.

Aliás, a única razão para (alguns) progressistas oporem-se ao bestialismo ou sexo com animais é também apenas essa: que o animal não possa dar o seu consentimento para o ato de forma inequívoca. Se pudesse, não tenho dúvidas que os progressistas adorariam. 

No outro dia, preenchi um formulário. As opções eram: "a. Male b. Female c. Transgender d. Other".  Enquanto isso, na França, aboliram das comunicações oficiais as palavras "pai" e "mãe". E assim vai se indo.

Acho que é já bem claro que, uma vez resolvido o assunto gay, os progressistas um dia vão querer acabar com o tabu do incesto. Na verdade, a única questão é saber o que vai ser promovido primeiro: poligamia, pedofilia, necrofilia, canibalismo ou incesto?

Senhores, façam suas apostas. 


O custo da imigração

A Dinamarca parece ter aprendido a lição da violência gerada pelos "cartuns de Maomé". Tornaram as leis contra a imigração mais duras, e economizaram bilhões de dólares no processo. 

Sim: em vez de ficarem sentados na mandioca islâmica, os dinamarqueses fizeram um estudo e descobriram que, ao longo de dez anos, imigrantes "não-ocidentais" (isto é, na sua maioria, refugiados de países árabes e africanos) custaram à Dinamarca 2,3 bilhões de euros. Já os imigrantes ocidentais (provavelmente, eurodescendentes) contribuiram positivamente com 295 milhões.

Ou seja, no fundo, é muito simples para quem pode ver. Imigrantes ocidentais contribuem e se adaptam melhor, imigrantes não-ocidentais dão prejuízo. (Também poderíamos substituir a palavra "ocidentais" por "brancos", que funciona quase igual. Se bem que tem alguns brancos europeus convertidos ao islamismo que já deram problemas às autoridades, então, é preciso cuidar isso também.)

Os dinamarqueses, que não são tão burros quanto outros escandinavos, tornaram a imigração desse povo muçum problemático mais difícil, tanto que vários afro-dinamarqueses e árabe-dinamarqueses decidiram se mudar para a... Inglaterra, onde eles tem mais benefícios. (Sim, os ingleses são meio burros.)

Mas será que alguém está prestando atenção? Todos ficam aí dizendo que a imigração beneficia a economia e não sei mais o quê, mas o estudo dinamarquês é importante porque mostra de forma precisa que imigrante, em especial de países pobres, é mais problema do que solução.

Mas ninguém aprende. Muitos nem conseguem ver o problema. Por exemplo, leio uma matéria sobre Marseille, na França, informando que é hoje uma das cidades mais violentas da Europa e que muitos jovens morrem em conflitos de gangues ou relacionados ao tráfico de drogas. Porém, a matéria jamais fala na imigração como causa disso. Sim, os entrevistados têm nomes como Rachid, ou Samia, mas não fosse isso pareceria que o repórter está falando de um completo mistério, de uma mudança incrível na psiquê francesa que teria tornado os pacatos camponeses da era de Marcel Pagnol em violentos drogadictos, quando na verdade o problema é que o povo é que mudou -- não é mais francês, é árabe. 

Se a imigração de não-europeus, em especial de islâmicos, é tão problemática, e normalmente rejeitada pela maioria das pessoas, fica a pergunta: por quê está sendo promovida? Por que querem acabar com a Europa e com o povo europeu?

Alguns dizem que a idéia seja a de enfraquecer o Estado-Nação homogêneo, o que tornaria mais fácil a criação do Império Global. Será mesmo? Bem, pode ser. Eu não duvido de mais nada.

Porém, seria uma pena acabarem com a Europa e com o povo europeu, tão bonitinho.

"Tá pensando o quê?!"

Televisão, rednecks e etnias européias

Estou sem saco de falar de política, queria falar um pouquinho sobre televisão. Quase não assisto à TV americana, na verdade, mas fico sabendo do que rola pela Internet e pelo Youtube. Parece que uma das modas ultimamente por aqui é um "reality show" sobre uma família de rednecks, "Honey Boo Boo".

Assistindo o clipe, pergunto-me se a raça branca americana estaria devoluindo, ou se trata-se apenas de degeneração causada pela endogamia e pela dependência do estado de bem-estar. É verdade que em parte o objetivo midiático talvez seja o de ridicularizar os brancos pobres ou da classe trabalhadora, mais ou menos como "Jersey Shore" ridicularizava os ítalo-americanos. Porém, apesar do politicamente correto, existem também programas que ridicularizam os negros, os mexicanos, enfim, toda raça de gente pobre. O fato é que rir das classes baixas parece ser uma das grandes diversões da televisão americana, e quem mais se diverte com isso são as próprias classes baixas. Acho que acontece no Brasil também. O roto ri-se do esfarrapado...

Do outro lado do espectro, estão os seriados americanos bem produzidos e narrativamente originais assistidos pela classe média e alta. São bem dirigidos e bem escritos, não duvido, mas o problema aqui é outro, muitas séries americanas ultimamente parece que só pretendem mostrar extremos. Um seriado é sobre um professor que fabrica e vende drogas, outro sobre uma família de criminosos, outro sobre um psicopata que mata outros psicopatas... Tá bom, mas e séries sobre gente normal, não existem mais? (Bem, me disseram que "Mad Men" e "Girls" eram bons e politicamente incorretos, mas nunca assisti). Já os sitcoms de hoje em dia estão tão repletos de propaganda gay, que nem dá mais para assistir por medo de se pegar AIDS. Prefiro ver as reprises do Seinfeld...

Por sorte, tem na TV digital um canal de televisão internacional que passa algumas séries européias, que às vezes são mais digeríveis, ou, ao menos, algo diferente do usual. Minha série preferida é a italiana "Don Matteo", sobre um padre católico em uma cidadezinha do interior que se mete a investigar crimes, um pouco como o Padre Brown do velho Chesterton (o G.K., não nosso comentarista). Padre católico como personagem positivo em uma produção ocidental? Pois é, incrível, mas verdadeiro. A série, pra quem capisce italiano, pode ser vista toda online no site da RAI. 

Bem, mas o que achei interessante é que nesse canal passam também outras séries estrangeiras, aí no outro dia assisti uma série policial sueca. Bem feitinha, mas, comparando com a série italiana, chamou atenção uma coisa --- sua total falta de humor. Os suecos realmente não são famosos pelo humorismo: de Strindberg a Bergman, eles gostam é de histórias depressivas. Também gosto, na verdade, mas achei interessante esse contraste cultural entre suecos e italianos.

Isso me levou a pensar nas diferenças entre os povos europeus, tanto psicológicas quanto físicas. Anos atrás, o antropólogo Carleton Coon fez um estudo sobre as diversas "raças européias", medindo os crânios das pessoas e identificando vários tipos, de acordo com as medidas. Você pode medir a sua cabeça também. Hoje em dia seus estudos são considerados racistas, mas não entendo o porquê: ele estava apenas medindo e catalogando as pessoas de acordo com o conhecimento da época. Tá, é um pouco datado na sua terminologia. Porém, é curioso ver que, mesmo hoje em dia, parece que muitas de suas classificações fecham com o que se descobriu posteriormente sobre a genética.

Se as diferenças biológicas estão ligadas às diferenças culturais entre os diversos povos europeus, não sei e não sabemos, mas acho interessante especular sobre o tema. Gosto bastante da cultura italiana; há alguns "nordicistas" de nariz empinado que desprezam tudo que não for norte-europeu. Acho-os uns imbecis, mas tudo bem. O belo da Europa é (ou era) a sua diversidade - diversidade que, em nome da própria "diversidade", pode estar acabando, já que segundo alguns o futuro da humanidade é este aqui:


Acho que não vai se chegar neste ponto, a idiocracia vai progredindo mesmo sem a ajuda da imigração e da multiculturalização. "Honey Boo Boo" que o diga. E olhem que eu até que simpatizo com os rednecks, ao menos mais do que com os branquelos progressistas andando de carro híbrido, mas tudo bem. E nas novelas da Globo, o que está rolando?